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Crítica: ‘Jogos Mortais X’, a volta triunfal do Jigsaw clássico

‘Jogos Mortais’ é uma das minhas franquias de terror preferidas e nunca soube explicar o porquê exatamente. Não sou muito fã do gore, mas essa aqui me fascinou e acho que enfim descobri o motivo. O personagem de John Kramer, vivido por Tobin Bell (Mississippi em Chamas), é fascinante demais. De longe, é o melhor Jigsaw e a produção foi certeira em voltar com ele. Acho que descobriram que matá-lo em Jogos Mortais 3 foi um dos maiores erros já cometidos. De cara, digo que ‘Jogos Mortais X’ é o melhor longa da franquia desde o fatídico fim do personagem John Kramer.

Sinopse

Nosso eterno Jigsaw, John Kramer, está de volta e voltamos com o seu grave problema de saúde devido ao câncer que o personagem carrega. Por acaso, ele descobre que existe um tratamento experimental, para a doença bem avançado no México. Ele junta todo o dinheiro que tem e aposta nesse tratamento inovador. Logo depois, descobre que foi enganado por vigaristas. Mal eles sabiam que enganaram o temido Jigsaw. A partir daí, nosso infame serial killer usará armadilhas insanas e engenhosas contra esse grupo que o enganou, visando dar uma oportunidade de redenção para cada um.

A história se passa entre o 1º e 2º filme

Para quem está perdido e se perguntando: “mas ele já não morreu há alguns filmes?”. Sim, isso de fato aconteceu e por isso a história dessa nova empreitada se passa entre o primeiro e o segundo longa da franquia. Perceberam o quanto o personagem é importante e que precisamos dele. De quebra, ainda ganhamos novamente a presença de sua seguidora, Amanda Young (Shawnee Smith), que também está de volta reprisando o papel.

O que esperar?

Posso tranquilizar os fãs da franquia e dizer que tudo o que eles querem verão aqui. Temos muito gore e torture porn para os amantes “doentes” desse tipo de coisa. Dessa vez, as mortes estão bem engenhosas e o nervosismo nos pega em todas elas. Tive que virar a cara em algumas cenas, pois eram demais para mim. Apesar de tudo isso ser uma marca da franquia, outras coisas me animaram mais. O longa não é somente mortes criativas, a vida de Johh Kramer é um pouco mais explorada por aqui. Vemos um lado dele mais humano (eu sei que é estranho falar isso) e conseguimos ver o personagem um pouco diferente. Ele é sim cruel, doente e distorcedor da realidade como vemos, mas acabaram o colocando aqui muito mais como um anti-herói do que como um grande vilão. De certa forma, essa visão está certa, porém, o vigilantismo possui suas grandes problemáticas perante a sociedade. Talvez o final “bonitinho” tenha colocado tudo a perder, mas achei satisfatório.

O ser humano é sempre um nojo

Essa série de terror tem uma característica bem importante: mostrar como o ser humano é desprezível. Ele faz esse retrato das pessoas muito bem. É impossível torcermos para as vítimas. Queremos que elas morram porque são seres que fizeram o mal. Conseguimos ver que alguns até tentam, mas a essência é ser terrível mesmo. Isso também tira o peso de vilania do personagem, pois parece que ele só está dando uma lição em pessoas ruins. Mas é algo bem pesado. No final, acaba que John Kramer sempre teve a razão. Isso é errado, mas é catártico.

Conclusão

Posso dizer que ‘Jogos Mortais X’ me fez feliz. Me remeteu aos seus filmes iniciais e isso é bom. Nenhum será melhor que o primeiro. Levando em conta as últimas obras, esse é muito bom. Não que seja fantástico, inovador e total surpreendente, mas é capaz de fazer o básico com a essência do que esperamos. A música clássica do momento da revelação final está lá e arrepia o verdadeiro fã. Se liguem que dessa vez temos uma cena no meio dos créditos. Ela revela mais um personagem famoso da franquia ao mesmo tempo que finda uma das histórias com ponta solta.

‘Jogos Mortais X’ estreia nos cinemas em 28 de setembro.

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