Não é segredo que a Marvel Studios vem mostrando um sinal de fadiga. Muitas histórias, muitos personagens que acabam sempre no senso comum e sem um ar de novidade. A mesmice se impregnou e isso anda cansando até mesmo o mais fanático dos fãs dessa franquia gigantesca. Algumas poucas coisas ainda se sobressaem e é seguro dizer que a 2º temporada de Loki está entre esse seleto grupo. Ela foi confusa, complicada, mas ao mesmo tempo trouxe algo de novo e conseguiu nos emocionar em diversos momentos, inclusive em seu épico final.
Sinopse
Após Sylvie (Sophia Di Martino) ter matado Aquele Que Permanece (Jonathan Majors) ao final da 1º temporada, Loki é jogado novamente para a AVT (Autoridade de Variância Temporal) e percebe que as coisas não são as mesmas. Logo, ele descobre que está sofrendo deslizes temporais que o faz ir parar em várias épocas diferentes. Agora, Loki terá que juntar um grupo de conhecidos e novos rostos para salvar toda a existência da aniquilação total.
Temporada confusa, mas perfeita
Vale mencionar que essa temporada não é nem um pouco fácil. Recomendo bastante que veja a 1º de novo, pois se cair aqui de paraquedas, simplesmente não vai entender nada. Eu tive essa dificuldade, mas logo consegui me situar e entender tudo novamente. Essa temporada é ficção na veia e não perdoa aquela pessoa que pega no celular eventualmente. Se piscar um pouco mais demorado, vai perder explicações importantes que o deixará perdido novamente. Ela requer total atenção.
Novos personagens e velhos conhecidos
Para Loki conseguir salvar a existência da linha do tempo, é preciso juntar o seu grupo de amigos da AVT. A ele se juntam novamente Mobius (Owen Wilson), Hunter B-15 (Wunmi Mosaku), Casey (Eugene Cordero), Sylvie (Sophia Di Martino) e os novatos OB (Ke Huy Quan) e Victor Timely (Jonathan Majors), outra variante de Aquele Que Permanece. Todos unidos precisam lutar contra o tempo para evitar que o universo, como o conhecemos, se desfaça por completo.
Final chocante do 4º episódio
O roteiro não facilita de jeito nenhum e nos dá uma situação bastante complicada para nossos heróis. Todos unidos conseguem bolar o melhor plano possível para se evitar tal catástrofe até que o inimaginável acontece. Eles falham e temos um final de episódio incrível e corajoso. E agora? Tudo o que conhecemos acabou e como vamos ter o nosso famoso final feliz? É nesse ponto que a série realmente brilha e nos dá uma resolução brilhante.
Os dois últimos episódios são bastante poéticos e nos fazem pensar sobre a vida, sobre o egoísmo e até mesmo o nosso querido livre-arbítrio. Com um roteiro excelente e que não facilita nem um pouco para nossos heróis, ele nos entrega uma fábula sobre o nascimento de um novo Deus. Uma posição em que Loki deveria estar desde o início. O seu amadurecimento como personagem é muito perceptível e isso deixa o seu fim muito melhor do que o esperado. Um final épico para um personagem que fez história na Marvel Studios. Quando eles conseguem cortar todos os fios da esperança, uma solução trabalhada surge e nos presenteia com algo realmente bom.
Conclusão
Aparentemente, essa foi a conclusão da história do Loki. Não creio que haja uma 3º temporada e não consigo vê-lo voltando em outra história. Esse me pareceu o final perfeito para o personagem. Muito mais honrado e heroico do que poderíamos imaginar. O personagem merece e já fica aqui aquele sentimento de saudosismo. Tom Hiddleston nos presenteou com uma ótima interpretação para Loki e certamente ficará em nossas memórias por bastante tempo. Se voltar, ótimo, mas caso essa seja sua despedida, fica o registro de que ele fez algo magistral e épico.
Loki já se encontra completa na Disney+ com suas 2 temporadas.
