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Resenha: Um Príncipe em Nova York 2

Um Príncipe em Nova York 2 chegou a nossas telas após 33 anos do lançamento do original. É muito tempo para uma continuação, mas ainda assim é válida. Eu cansei de vê-lo na Sessão da Tarde nos anos 90, motivo do qual considero o primeiro longa um clássico. Não ousei vê-lo de novo, pois tenho certeza que acharia diversos problemas e nesse caso eu prefiro ficar apenas com a minha memória afetiva. Esse novo filme traz muita nostalgia e piadas boas, mas no final acaba sendo apenas uma cópia rasa e sem grandes novidades.

Sinopse: No luxuoso país da realeza de Zamunda, o recém-coroado Rei Akeem descobre que tem um filho que ele não conhece e que pode ser herdeiro do trono. Akeem e seu confidente Semmi embarcam em uma hilária jornada que os leva ao redor do mundo: de sua grande nação africana, de volta ao Queens, bairro de Nova York.”

Ao mesmo tempo que ele é agradável com piadas pontuais, ele também é uma cópia defasada do primeiro. O estilo dele me remeteu totalmente aos anos 90 com uma história de amor enfiada ali no meio que soa bem brega. O seu humor ingênuo em diversos momentos nos faz rir e logo depois ficar entediado com uma trama batida que já nos faz prever o final. Para muitos isso não soará ruim e assisti-lo será somente uma diversão descompromissada. No meu caso, infelizmente, me entediou um pouco. Fui pego em diversos momentos pensando em outras coisas que não apenas o filme.

Ele até tenta colocar pautas atuais para colocar de acordo com os dias atuais. Como exemplo, cito o empoderamento feminino sendo colocado de lado. A pauta tá ali, surge, seria ótimo discuti-la, mas ela é relegada a momentos superficiais e ao background da trama central. O Rei Akeem (Eddie Murphy) tem 3 filhas, sendo a primogênita completamente apta ao cargo, mas inventam que o próximo rei tem que ser homem e por isso colocam um bastardo na história só para descobrirmos aos 48 minutos do segundo tempo que a filha mais velha realmente era a mais digna. Tudo isso discutido em segundo plano. Isso poderia ao menos ter rendido uma ótima história paralela.

Sou suspeito para falar do Eddie Murphy (O Professor Aloprado). Mesmo quando ele está ruim, ainda assim o acho bom. Sou suspeito, pois gosto muito dele. Aqui ele está bem contido até, deixando a loucura e o exagero para seus outros personagens. Arsenio Hall (Black Dynamite) é outro que adora brincar com outros personagens e é muito bom vê-lo de volta. Quem brilha para mim mesmo é Wesley Snipes (Blade: O Caçador de Vampiros) que faz o general rival do rei Akeem. É impossível não rir com ele em cena e mostra que a parceria que começou em “Meu Nome é Dolemite” (2019) deu certo e que se continuar assim só vai melhorar cada vez mais. Leslie Jones (Caça-Fantasmas) também está engraçadíssima e é outro destaque.

Ele é obrigatório para os grandes fãs do primeiro. Com certeza vão adorar. Mesmo que como eu, ache a trama principal fraca e vazia, a nostalgia deve prevalecer no fim. Ver o resgate de coisas do passado dá até um calor no coração, fazendo lembrar o quanto tais momentos te divertiram há 30 anos. Para quem nunca viu, acredito que não vá se divertir tanto, mas que ainda assim pode dar algumas boas risadas em alguns momentos. No geral, acaba sendo uma ótima comédia despretensiosa.

Um Príncipe em Nova York 2 se encontra no catálogo da Prime Video.

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