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Resenha: Surto

Surto é um filme de 2020 dirigido por Aneil Karia (The Long Goodbye) e que nesse período até aqui já conseguiu angariar algum sucesso nos festivais por onde passou. O seu maior feito foi ter ganho o Festival de Sundance na categoria de melhor atuação escolhido pelo júri para Ben Wishaw. Entrarei em mais detalhes para a frente porque realmente esse filme é dele e nada se destaca mais que isso. Tirando a atuação, não consigo achar algo a mais para falar além disso.

Sinopse: Dos mesmos produtores de “A Bruxa”, o filme acompanha a história de Joseph (Ben Whishaw), um solitário segurança de aeroporto preso em uma vida sem propósito. Em um ato impulsivo de revolta, ele liberta seu eu mais selvagem e viverá seu dia de fúria pelas ruas de Londres.”

Acredito que todos nós já tivemos um dia de fúria pelo menos uma vez em nossas vidas. Dependendo de como esse dia saia ele pode até acabar quebrando uma pessoa. Principalmente se ela já estiver carregando problemas por um bom tempo. Aqui, nós temos um exemplo disso. O grande problema é que o seu chamado “surto” nos parece vir do nada. Não temos um background e não temos essa carga dramática que nos faria embarcar nessa louca jornada junto com o protagonista. Temos uma situação em seu trabalho e logo depois uma outra com sua família. Bastou como estopim para a loucura.

Seguir o seu caminho de espiral para a loucura acaba se tornando um pouco agoniante para nós que estamos assistindo. Muito disso se deve pela forma em que a câmera se comporta e posso dizer que isso é um ponto bem positivo. A movimentação que acompanha o protagonista é incessante e pode nos deixar até tontos em algum certo ponto. Em alguns momentos nos leva a crer que estamos em um grande plano sequência e aí sim eu diria que seria algo genial.

A direção do longa é boa, mas o grande destaque de longe tem que ir realmente para Ben Wishaw (O Retorno de Mary Poppins). Já achava ele um ótimo ator e já eu tive fé que ele explodiria em sua carreira, mas acabou fazendo filmes menores e mais conceituais. Embora vejamos ele fazer algum blockbuster aqui e ali é em filmes independentes que ele manda muito bem. Não existiria esse filme sem ele. Acredito que ele esteja em 100% das cenas desse longa. É o tipo de filme em que a câmera segue o ator e me faz acreditar muito que muitas coisas feitas por ele são de improvisos também. Bato palmas para ele de pé.

Embora a atuação dele seja incrível e com uma boa direção, acho que os elogios param por aí. Não acho que seja um tipo de obra feita para qualquer um ver. Por muito tempo faltam diálogos e sobram contemplações na loucura que nosso protagonista está realizando. Provavelmente essa é a ideia, a imersão na cabeça de uma pessoa que simplesmente surtou. Entendo, mas não funcionou comigo. Comprei a ideia, mas em um determinado ponto eu já estava cansado dessa aventura insana.

Surto estreia para compra e aluguel em 19 de novembro nas seguintes plataformas digitais: Claro Now, Amazon, Vivo Play, iTunes/Apple TV, Google Play e YouTube Filmes.

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