Em 2016, tivemos o lançamento do 1º Esquadrão Suicida. Na época, os trailers empolgaram todo mundo e pensávamos que era impossível sair algo ruim…pois bem, a tragédia aconteceu. Apesar do sucesso de bilheteria, a crítica e o público caíram em cima falando mal sobre ele. Acreditava até que não veríamos algo com esse grupo novamente por muito tempo. James Gunn, conhecido principalmente pelo sucesso de Guardiões da Galáxia, foi o novo nome escolhido para a direção e a esperança foi restabelecida na franquia. Mesmo assim não poderia culpar quem ainda tinha um pé atrás com a produção.
Sinopse: “Liderados por Sanguinário (Idris Elba), Pacificador (John Cena), Coronel Rick Flag (Joel Kinnaman), e pela psicopata favorita de todos, Arlequina (Margot Robbie), o Esquadrão Suicida está disposto a fazer qualquer coisa para escapar da prisão. Armados até os dentes e rastreados pela equipe de Amanda Waller (Viola Davis), eles são jogados (literalmente) na remota ilha Corto Maltese, repleta de militantes adversários e forças de guerrilha. O grupo de supervilões busca destruição, mas basta um movimento errado para que acabem mortos.”
Quero adiantar que gostei bastante do filme, mas que tem seus problemas. Esses dos quais comentarei em primeiro lugar. Acredito que os trailers mostraram demais. Quem tá muito ligado e quem consegue juntar 2 com 2 já sabe mais ou menos o que vai acontecer com a maioria dos personagens. Quando falamos de Esquadrão Suicida, sabemos que alguns deles vão morrer. Ao darem carta branca para James Gunn colocar quem ele quisesse, já sabíamos que rolaria um banho de sangue sem precedentes. Apesar dessa ser uma das grandes diversões do longa, ver o fim de vários personagens rapidamente dá um gosto amargo na boca. Posso dizer que houve até um grande desperdício de certos nomes.
O excesso de personagens anunciados causou uma expectativa da função da qual cada um possuiria dentro da história. Não se apegue a ninguém e a nenhum rosto conhecido. O seu início peca por muitas piadas e mostra que talvez eu não estivesse no clima ideal para vê-lo, mas essa sensação passa com o longo do tempo. Apesar da comédia ser mantida, uma seriedade também toma conta da projeção e tudo o que reclamei do início melhora e os personagens acabam sendo desenvolvidos a ponto de realmente nos importarmos com eles e de ficarmos tristes quando suas mortes chegam.
A comédia que é um pouco exagerada no começo começa a evoluir a um ponto que acaba sendo natural e normal vinda de quem veio. Suas cenas de ação são maravilhosas e mesmo que eles pequem com o abuso da violência, também nos pegamos nervosos e aflitos com o que acontecerá com todos eles. A evolução que esses detalhes ganham no roteiro é absurda e tudo o que odiei no início, pareceu simplesmente maravilhoso depois. Temos que lembrar ainda que isso tudo é derivado de uma série em quadrinhos. Coisas absurdas virão a acontecer.
O elenco desse longa é inacreditável e temos nomes como Michael Rooker (Seres Rastejantes), Viola Davis (Histórias Cruzadas), Joel Kinnaman (Robocop), Margot Robbie (Eu, Tonya), Idris Elba (Beasts Of No Nation), John Cena (Bumblebee), Daniela Melchior (Massa Fresca), Jai Courtney (O Exterminador do Futuro: Gênesis), nossa queridinha Alice Braga (Eu Sou a Lenda) e até mesmo Sylvester Stallone (Rocky) como a voz do Tubarão Rei. Esses e outros que não citei, mas que são tão bons como os citados. Um elenco perfeito.
Ele é uma excelente diversão e vale bastante a pipoca. Para mim conseguiu limpar o nome do grupo que estava sujo graças a seu filme anterior. Detalhe que a Warner Bros. nem o colocou como uma 2º parte em seu título. Praticamente repetiu e parece fingir que não houve o primeiro. Tenho que frisar novamente que ele não é perfeito. Certamente tem seus problemas, mas ficaram em segundo plano. A diversão acabou sendo muito maior do que qualquer outra coisa.
O Esquadrão Suicida já está no catálogo da HBO Max.