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Resenha: O Buscador, longa de Bernardo Barreto

O Buscador é um filme nacional dirigido e escrito pelo ator Bernardo Barreto (Meus Dias de Rock), onde faz sua estreia atrás das câmeras na telona. Usando muito plano sequência, o longa foi gravado em apenas 2 dias. Ele nos escancara os problemas sociais, a hipocrisia e toda a realidade brasileira com alguns poucos personagens estereotipados. É um filme de 2019, mas que só agora está chegando aos cinemas. Esse tempo foi o suficiente para conquistar alguns prêmios em festivais como Melhor Diretor Artístico no Festival de Cinema Independente de Montreal e Prêmio Especial do Júri do Tallinn Black Nights Film Festival 2019 (Festival de Cinema POFF 2019), além de outros prêmios.

Sinopse: Em O Buscador, Isabela (Mariana Molina) é filha de um poderoso político e cresceu cercada de todo tipo de luxo. Porém, ao se apaixonar pelo líder de uma comunidade sustentável e que prega amor livre, ela deixa sua vida de confortos para trás. Quando, quatro anos mais tarde, ao tentar se reaproximar da família, ela descobre que seu pai está envolvido em um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil, Isabela precisa enfrentar os fantasmas de seu passado.”

Eu sempre achei o recurso do plano sequência genial. Sempre bato palmas e sempre babo quando ele é usado. Eu considero essa forma de filmar muito cinema. Tem que estar tudo ensaiado e cronometrado para tudo dar certo. Sei também que alguns truques podem ser usados para nos enganar, mas o que importa é a sensação final. Só esse detalhe já eleva o longa como um todo e já é digno de conquistar minha atenção e meu coração.

O amor é o tema mais importante aqui, por mais que ele pareça que não está ali e por mais que permaneça em background. Tudo começando pelos 2 protagonistas que vivem em uma comunidade sustentável que prega o amor livre. Só esse conceito já deixaria a família mais conservadora em prantos. Levar esse amor sem amarras para uma família “tradicional brasileira” pode expor o pior do ser humano e deixar claro todas as hipocrisias guardadas a sete chaves.

Tudo o que acontece durante o filme nos leva a um clímax pesado e de muita tensão, mas é justamente após todo o ódio ser descontado que é possível ter espaço para o amor entrar. Ressentimentos e arrependimentos podem vir a tona após uma descarga emocional e só assim começar uma vida de reparação e redenção. Parafraseando uma excelente frase do filme: “as vezes devemos voltar para onde tudo deu errado para poder nos achar novamente”.

Achei todos os atores do longa excelentes. Todos tem seus momentos e a catarse final deixa muito claro a disposição e a vontade de cada um. Um retrato do Brasil é muito bem encenado aqui e rapidamente você notará as hipocrisias que se escondem debaixo do tapete. Termino essa resenha dizendo que ele é um ótimo filme para ser visto. Sua dinâmica nas conversas junto com a fluidez da câmera irá fazer o tempo passar em fração de segundos.

O Buscador estreia nos cinemas em 29 de julho.

Abaixo deixo a música que contextualiza toda a mensagem passada pelo filme e que da um toque final em toda a trama.

Segue algumas imagens oficiais do longa e fotos dos festivais dos quais o filme participou.

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