Monster Hunter é mais um filme baseado em jogos. A franquia foi criada pela Capcom em 2004 e permanece fazendo novos títulos até hoje, incluindo um que foi lançado este ano. Ele se passa em um mundo de fantasia no qual assumimos o papel de um caçador onde temos que caçar ou capturar monstros dentro de uma grande variedade de opções. Tenho que deixar claro que nunca joguei nenhum título e que minha resenha será feita somente baseada no filme. Digo isso, pois já ouvi por aí que os fãs não gostaram muito. Não que eu tenha achado excelente, mas conseguiu me divertir a ponto de classificá-lo como um grande pipocão.
Sinopse: “A tenente Artemis e seus leais soldados são transportados para um novo mundo, dominado por monstros perigosos. Em uma batalha desesperada pela sobrevivência contra inimigos formidáveis, Artemis se une a um homem misterioso.”
Quero começar falando mal para começar a falar das coisas que gostei. Eu nunca fui fã dos filmes do Paul W. S. Anderson. Eles até são esteticamente bonitos, porém acho (quase) todos muito ruins. Entre sua cinematografia temos a franquia Resident Evil, Corrida Mortal e Alien vs. Predador, como alguns exemplos. Se você gosta, ok, dessa forma estará jogando em casa. Não gosto também como ele relegou a Milla Jovovich (O Quinto Elemento), que também é sua esposa, a atriz de filmes B bem produzidos.
É muito perceptível como ele é um grande fã de ficção científica, mas que não sabe trabalhar como seus elementos de forma certa. As coisas com ele são tudo rápidas. Piscou, perdeu. Um exemplo que posso mostrar é o fato de termos um grupo inicial com os soldados comandados pela Tenente Artemis e ele se desfazer deles tão rapidamente a ponto de você não sentir nada com suas mortes. É muito desperdício de narrativa e de tensão. Era melhor ter colocado ela sozinha nesse mundo. Poderia ter sido bem melhor o desenvolvimento de todos, culminando o clímax do longa.
Falei mal do que eu tinha para falar. Agora voltando para as coisas boas. Ele é um excelente filme pipoca. Daqueles que você vê, se diverte e esquece logo depois. Perfeito para passar o tempo. As cenas de ação são muito boas e a fotografia é muito bonita. Algumas câmeras lentas são colocadas em momentos cruciais, o que deixa a narrativa muito boa. O clímax dele realmente é muito bom. Ver o grande dragão Rathalos voando e lutando contras os humanos realmente é lindo de se ver. Embora junte um monte de guerreiros que não fazem absolutamente nada, a parte final é bem legal.
Tenho que fazer uma menção honrosa a nossa atriz brasileira Nanda Costa (Febre do Rato) que também está no elenco de Monster Hunter. Aparece pouco, mas tá ali. Eu a chamaria de figurante de luxo que pode vir a ser melhor explorada nas possíveis continuações. Sim, é bem provável que tenhamos mais filmes da franquia. A cena durante os créditos nos dá a entender isso. Basta esperar para ver se o estúdio vai querer bancar mais um. Não sei como foi de bilheteria, mas foi lançado em uma época péssima para se ter um bom retorno.