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Resenha: Mank

Já começo esse texto pedindo mil desculpas, pois tudo o que eu disser aqui pode não ser justo com a obra em si. Ela mostra o então roteirista Herman Mankiewicz, ou Mank para os íntimos, tentando terminar o roteiro de Cidadão Kane, filme que foi um marco em seu longínquo ano de 1941. Um verdadeiro divisor de águas nos cinemas. A minha desculpa entra no momento em que nunca vi esse verdadeiro clássico da sétima arte (falha de caráter de minha parte). Certamente deixei passar as maiores nuances que apenas quem viu irá entender.

Sinopse: “O enredo de Mank segue a história tumultuosa do roteirista Herman J. Mankiewicz da obra-prima icônica de Orson Welles, Cidadão Kane (1941) e sua luta com o autor Orson Welles pelo crédito do script do grandioso longa.”

Não tendo Cidadão Kane como base, terei que falar apenas de Mank por si só. O longa se passa praticamente em dois momentos de sua vida: uma durante o seu momento escrevendo o roteiro após um acidente de carro e outro momento mostrando um período de sua vida que estava envolvido avidamente com a vida dos estúdios de cinema. Acredito que esse momento é justamente para nos mostrar toda a sua inspiração em volta do roteiro.

Meu sentimento ao vê-lo foi bem ruim e vazio, pois o achei lento e mostrando coisas que não pareciam ir a lugar nenhum. Foi legal ver como as coisas em Hollywood funcionavam naquela época, e ver também como era grande o medo do comunismo. Fato que nos é indicado com diálogos grandes e ricos, mas que no fundo não adiantavam a narrativa. Nos é mostrado também como Mank foi um homem bom por ter salvo toda uma vila na Alemanha ao dar dinheiro para irem para os Estados Unidos. Todas as suas falhas e qualidades são enaltecidas, nos revelando um homem humano no final.

Tecnicamente não há nada para se falar mal dele. David Fincher (Seven: Os Sete Crimes Capitais) é um monstro na direção e dá pra ver o quanto ele é bom em suas escolhas. Ele faz o simples e ainda assim soa grandioso. A escolha para se manter em preto e branco simulando os filmes da época é excelente e facilmente conseguimos ser transportados para os anos 30 de Hollywood. O roteiro foi feito pelo pai de David Fincher, Jack Fincher, que faleceu em 2003. Um destaque também é o Gary Oldman (Drácula de Bram Stoker) que é sempre maravilhoso e dificilmente erra.

Novamente, venho pedir perdão, pois tenho que certeza que se alguém viu os dois filmes terá lido esse texto com desdém. Não somos perfeitos, mas tentamos fazer o melhor que pudemos. Devido a seu grande apelo nas vindouras premiações achei justo escrever algo sobre ele, mesmo que não tivesse toda a bagagem necessária. Resumindo, melhor ter algo para falar do que não ter nada. Recomendo demais que vejam Cidadão Kane antes de ver Mank. Esse é um detalhe imprescindível para curtir tudo o que ele tem a oferecer.

Mank se encontra no catálogo da Netflix.

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