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Resenha: Convenção das Bruxas

Há certas coisas em nossas vidas que nós devemos deixar no passado. Tenho uma ótima memória de ver Convenção das Bruxas (1990) na sessão da tarde, ter até mesmo um pouco de medo e achar um filme bem razoável no final das contas. Para algumas pessoas ele é um clássico que passava no horário vespertino. Parece que 30 anos é um tempo para se fazer um remake. Essa necessidade de criar algo novo para as novas gerações se tornam somente um caça-níquel, porque a qualidade é deixada de lado. Esse é um enorme exemplo disso.

Sinopse: “Em 1967, um jovem órfão vai morar com sua adorável avó na cidade de Demopolis, no interior do estado do Alabama. Lá, o garoto e sua avó se deparam com glamorosas, porém diabólicas bruxas, e ela decide fugir, levando o menino para um resort costeiro. Porém, ao chegarem lá, eles descobrem que uma grande reunião, com bruxas de todo o mundo, está acontecendo no local, e elas planejam transformar todas as crianças do mundo em ratos.”

Eu nunca li o livro escrito por Road Dahl, responsável também por A Fantástica Fábrica de Chocolate e Matilda. A promessa era que esse longa seria mais fiel. Se realmente foi mais fiel eu não sei, mas digo com toda a segurança de que ele não é bom. Pode ser que as crianças gostem, mas eu detestei a ponto de sentir raiva e só queria que ele acabasse logo. Todos os nomes envolvidos são excelentes, mas tudo e todos não conseguem tornar ele atrativo por nada.

Ele no geral, se parece demais com a sua versão anterior de 1990. Algumas cenas são exatamente iguais, e acho que isso é que o tornou ruim. Poderia ter mudado e feito coisas novas, mas preferiram repetir o que era bom e acabou sendo horroroso. Os efeitos especiais dos ratinhos são horríveis e me fizeram lembrar que o que fizeram há 30 anos era muito melhor. Não ouso salvar nem os nomes consagrados envolvidos nesse projeto.

Não entendo como o Robert Zemeckis (De Volta Para o Futuro e Expresso Polar) se propõe a trabalhar aqui. Tive a impressão dele estar com preguiça, pois tudo é muito ruim e jogado. Ele pode fazer mil vezes melhor que isso. Os atores também não escapam e acabam se tornando um projeto para se apagar do currículo. Salvo um pouco só a Anne Hathaway que até tem alguns momentos bons, mas que poderia ter feito muito melhor também. Stanley Tucci foi completamente desperdiçado, senti que ele tinha mais coisas para fazer mas que foi cortado, uma pena, pois é um ótimo ator. Por último, Octavia Spencer, ela é a pior só porque tem mais tempo em tela. Outro talento completamente desperdiçado. Quantos talentos que poderiam ter feito muito melhor e foram jogados de lado.

Me incomodou também o fato do clímax ter sido fraquíssimo e por ter um final não muito feliz para as crianças. Achei um final horrível e ainda pintam de que está tudo bem. Como assim? Tá tudo bem nada, são crianças. Enfim, na dúvida fiquem com o original. Vê-lo hoje em dia deve ser até tosco, mas certamente será melhor que essa atrocidade. Angelica Houston como a Grande Bruxa é e sempre será muito melhor. A nostalgia bateu.

Convenção das Bruxas se encontra nos cinemas.

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