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Resenha: Amarração do Amor

Minha vida anda tão carregada que Amarração do Amor acabou sendo como uma luva para mim. Uma legítima comédia nacional com todas aquelas situações que nos faz sentir vergonha alheia, mas que ao mesmo tempo olhamos e nos reconhecemos ali. Adiantando tudo o que vou comentar mais no texto a seguir, posso dizer que essa é a escolha certa para uma ótima diversão despretensiosa com espaço para rir e até mesmo para se emocionar no seu final.

Sinopse: “Apaixonados, Lucas (Bruno Suzano) e Bebel (Samya Pascotto) decidem oficializar a união. Mal sabem eles que a religião vai ser um ponto de discórdia entre suas respectivas famílias. Enquanto o pai da noiva, Samuel (Ary França), luta para fortalecer as tradições judaicas dentro de casa; Regina (Cacau Protásio), mãe de Lucas, se esforça para que seu filho leve para sua futura família as tradições da umbanda.”

Há um tempo atrás eu abominava esse tipo de comédia fácil, hoje em dia eu agradeço por elas existirem. Elas até possuem uma fórmula clichê, algo que com certeza já vimos por aí, mas que com algumas certas mudanças em certos elementos, acabam se tornando únicas. Aqui, o grande dilema é sobre como seria um casamento de uma pessoa judaica com uma outra umbandista. Só de imaginar já poderíamos pensar em várias confusões, e o filme explora bem isso.

Até que ponto as tradições religiosas devem ser mais importantes do que a felicidade de pessoas que se amam? Encontrar essa harmonia é o grande mote dessa história. Por mais que você pense, essa comédia não vem dos protagonistas, mas sim de seus pais. São justamente eles que levam a trama para frente nos fazendo rir e ficar com um certo ranço dos dois. Esse papel foi dado para Cacau Potássio (Vai Que Cola: O Filme) que faz a mãe do noivo que é umbandista e para Ary França (Durval Discos) que faz o pai da noiva que é judia.

Esses dois estão fantásticos e eles é que levam esse filme nas costas. A maioria dos momentos cômicos vem dessa dupla, que de início fazem as coisas achando que é do modo certo e que aos poucos vão entendendo como elas deveriam ser realmente. Esse não é o tipo de filme que vá fazer você gargalhar (se conseguir, melhor ainda), mas ele é do tipo que te cativa e que faz ficar com um ótimo humor depois de vê-lo. O seu final pode até mesmo arrancar lágrimas caso esteja realmente muito emocionalmente envolvido com os dilemas enfrentados. Não se preocupe, nem todas as lágrimas precisam ser de tristeza.

Depois disso tudo, acho que ficou claro que ele é um longa divertido e que recomendo para elevar o seu humor. Nessa época em que vivemos, ver algo que encha o seu coração de felicidade pode ser um ótimo remédio contra os pensamentos ruins que podem assolar a qualquer um a qualquer momento. Não entrei no assunto da religião em si, pois tive medo de comentar algo que não deveria, já que não sou um grande conhecedor das duas religiões retratadas aqui.

Amarração do Amor é uma distribuição da Paris Filmes e estreia nos cinemas em 14 de outubro.

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