Eu tenho um grande carinho pela franquia Pânico. Quando eu comecei a me interessar por filmes de terror, já existiam vários vilões bem consolidados por aí. Entre eles o Freddy Krueger, Jason, Michael Myers, Leatherface e por aí vai. Bem ou mal, não vi essas lendas nascerem. Agora, eu estava lá quando o Ghostface deu seus primeiros passos.
O primeiro longa conseguiu subverter tudo brincando com todos os clichés de filme de terror. Isso foi um grande diferencial. O fato do assassino ser real, atrapalhado e que leva muita porrada de suas vítimas também mudou a ótica de todo um estilo. A grande pergunta é: ainda temos fôlego para mais uma continuação?
Sinopse: “Vinte e cinco anos após uma série de crimes brutais chocar a tranquila Woodsboro, um novo assassino se apropria da máscara de Ghostface e começa a perseguir um grupo de adolescentes para trazer à tona segredos do passado mortal da cidade.”
O que vou falar pode até parecer exagero, mas acredito que esse seja o melhor filme após o original. Posso estar emocionado? Posso sim, mas o grande fato é que eu comprei demais a ideia passada aqui. Sidney Prescott (Neve Campbell) ainda está aqui, mas não é mais o foco do Ghostface. Temos uma nova história se formando e, que sim tem a ver com o original. Achei tudo bem sacado e que deu um novo ânimo para acompanhar a trama com outros olhos.
O que mais me atraiu foi o suspense empregado nele. Conseguiu me deixar nervoso em vários momentos e teve diversas mortes das quais eu realmente senti e que me deixou muito mal. Isso é o trabalho de um roteiro e direção bem encaixados. Logicamente ele não é total perfeito. Temos algumas falhas de condução que nos faz ficar achando erros. Ao mesmo tempo que temos vários elementos novos, também temos aqueles clichés que nos doem a alma.
Eu revi todos os 4 longas anteriores para chegar fresquinho nessa nova parte. Depois de tudo o que a Sidney, Gale (Courtney Cox) e Dewey (David Arquette) passaram, mereciam uma folga. Voltar para mais essa continuação dá um ar de cansaço deles em cena. Lógico que é bom vê-los novamente, mas cria um ar forçado para eles estarem ali. Gostei da chancela de “legado” dado para eles e é justamente o que são realmente.
Um fato curioso é que ele se chama apenas Pânico e não Pânico 5. Essa é um forma que eles colocaram para dizer que esse é um novo início, mas que ao mesmo tempo é uma continuação. Uma nova história surge, com novos protagonistas, mas eles respeitam completamente o passado. Milhões de referências estão lá e isso diverte os fãs antigos e novos também.
Mais uma continuação foi oficializada e espero que descansem os “legados”. Já tá bom, já sofreram demais ao longo desses 25 anos. Deixa a garotada nova assumir o fardo. Alguns personagens novos conseguiram sobreviver e isso já dá pano pra manga para o que vem por aí. Embora tenha um que tenha tomado umas 10 facadas na costela e ainda estava “bem”. Incoerências do roteiro, mas que nos deixa feliz ao final. O manto foi passado e definitivamente deixem os nossos queridos personagens em paz.
Pânico está em cartaz nos cinemas.