Yorgos Lanthimos faz questão de impactar em suas criações. Filme dirigido por Lanthimos e roteirizado por ele e junto a Efthymis Filipou. “Tipos de Gentileza”, “Kinds of Kindness” no original, é um filme produzido pela Film4 e Element Films, e distribuído pela Disney Pictures.
O filme é um longa-metragem que, na verdade, é a junção de três curtas-metragens, totalizando um pouco mais de 2 horas e 40 minutos de duração. São histórias separadas, com outros personagens, mas os atores principais se mantém interpretando personagens diferentes.
SINOPSE
Eu farei aqui a sinopse de cada história, já que o filme são três histórias.
Robert (Jesse Plemons) trabalha em uma grande empresa e tem muito sucesso em sua carreira. Raymond (Willem Dafoe) é seu chefe, que se mostra muito carinhoso e gentil, mas sempre pediu favores. Robert realizou todos os favores até então, mas dessa vez o favor é algo diferente e absurdo.
Daniel (Jesse Plemons) é um policial triste, pois sua mulher, Liz (Emma Stone), desapareceu numa expedição. Quando Liz é encontrada e resgatada, Daniel suspeita que ela não seja realmente a Liz.
Emily (Emma Stone) e Andrew (Jesse Plemons) fazem parte de um grupo religioso isolado e milionário que está em busca de uma mulher que supostamente teria a capacidade de ressuscitar os mortos.
IMPRESSÕES
Esse filme não é para qualquer pessoa. Na cabine que eu participei eu ouvi muito as pessoas dizerem que era horrível, que era quase um filme de terror, e talvez, para muitas pessoas, realmente seja. O filme tem cenas, momentos, atuações e ações muito impactantes, eu acredito, sim, que seja negativamente marcante para o público geral.
Particularmente, eu gostei muito do filme, apesar das cenas, e gostei da proposta de histórias diferentes. Eu acredito fortemente que a maior parte das pessoas não só não gostará como também achará exageradamente estranha e desnecessária essa ideia, talvez até a execução dela.
A Atuação de todos, na maior parte do tempo, é bem convincente, e é impressionante como em cada personagem os atores e atrizes agem de uma forma completamente diferente. Algumas cenas eu sinceramente esqueci que era a mesma pessoa, mesmo eu tendo visto minutos antes, interpretando outro personagem.
O filme tem fotografias boas, e os cenários selecionados para cada história é bem condizente com a situação, achei bem pensado o suficiente.
Eu sou muito suspeito para dizer por conta de gostos pessoas, mas o peso, a tensão e o encaixe da trilha sonora eu achei PERFEITOS! E isso fez muitas cenas, como disseram e dizem algumas pessoas, realmente parecer um filme de terror. É consideravelmente perturbador e, sim, eu gostei (eu disse que eu sou suspeito).
CONCLUSÃO
Eu sinceramente gostaria de falar mais, mas é bem difícil sem dar muitos spoilers e o texto já está enorme. De qualquer forma, eu não recomendaria, a menos que você, leitor, goste de encarar filmes com, como falei, cenas, momentos, atuações e ações muito impactantes. Para ter uma melhor noção, a seguir eu aponto a minha interpretação geral e curta de cada história, em ordem:
abuso psicológico e manipulação;
insanidade por dependência emocional;
aceitação, a qualquer custo (que também pode ser colocado na primeira história).
Um adendo e curiosidade é que se especula que “R.M.F.” signifique “Random Male Figure”. Além de aparecer nos títulos, é o personagem interpretado por Yorgos e, confirmado pelo próprio diretor/roteirista, é o mesmo personagem durante as histórias. É o único ator que interpreta o mesmo personagem no filme.
Nota: 7,8/10
