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Crítica: “Pássaro Branco – Uma História de Extraordinário”, bondade em tempos sombrios

 

O filme “Pássaro Branco – Uma História de Extraordinário”, sendo “White Bird – A Wonder Story” no original, é um drama spin-off e, de certa forma, uma continuação do filme “Extraordinário” (2017). Assim como o primeiro filme, “Pássaro Branco” é uma adaptação de uma graphic novel homônima, ambas novels de R. J. Palacio.

Conta com a produção de Mandeville Films e Lionsgate, sendo distribuído pela Lionsgate+ e, para o Brasil, Paris Filmes. A direção é de Marc Forster, enquanto o roteiro é de Mark Bomback.

 

SINOPSE

No ano seguinte aos eventos de “Extraordinário”, Julian Albans (Bryce Gheisar), agora expulso da escola por fazer bullying com Auggie, reencontra sua avó, Sara Albans (Helen Mirren). Ela percebe e sente a necessidade de contar uma história sombria de seu passado, sobre gentileza, amor, humanidade e bondade. Essa história aconteceu na França, na época da Segunda Guerra Mundial, e Sara, que é judia, contará como ela quando mais nova (interpretada por Ariella Glaser) foi salva e mudada para sempre por um rapaz manco e fedorento chamado Julien (Orlando Schwerdt).

 

IMPRESSÕES

O filme não se faz exatamente como uma sequência, poderia ter sido lançado como uma história separada e independente. Como dito na sinopse, aparentemente o início se passa no ano seguinte ao de “Extraordinário”. Já que o filme começa e finaliza em eventos presentes, no empo do filme, talvez faça sentido propagá-lo como continuação, da forma que alguns veículos têm feito.

Filme lindíssimo, fortíssimo e obviamente triste. Um filme que se passa durante a Segunda Guerra já faz o público esperar por tamanha carga emocional, mas talvez  o público não espere pela forma como esse filme passa.

É um tanto previsível, claro, mesmo assim muito bom e, às vezes, impressionante a forma como a história segue esse desenvolve. Os personagens, mesmo aqueles que mal aparecem, tem um nível considerável de relevância, pois eles adicionam realismo em toda a situação.

 

Cena do filme – Sara mais nova dançando com Julien

Isso, logicamente, nunca seria concretizado se a interpretação dos atores e atrizes junto da direção não tivesse sido no mínimo ‘boa’, e aqui existe uns pontos interessantes. Em alguns poucos momentos, nota-se o que talvez seja um pequeno desleixo com a interpretação de atores de personagens menores, que só aparecem pouquíssimas vezes. Em alguns poucos momentos também, é perceptível um erro ou outro nos cortes e jogos de câmera. Entretanto, isso não afeta a experiência do filme, nem um pouco, mas é algo notável, sim.

 

Claro que não posso deixar passar as LINDÍSSIMAS cenas e as ótimas interpretações.  Ariella e Orlando convencendo a TODO momento sobre a situação deles, isso foi magnífico. Também há a trilha sonora que adiciona de forma excelente, ou melhor, de forma extraordinária uma camada emocional extra.

 

Cena do Filme – Sara e Julian

 

CONCLUSÃO

É um filme sentimental, dramático, mas lindo, valioso e lecionador. A ideia e a moral que o filme passa são muito boas, muito fortes, e é importantíssimo para as pessoas refletirem sobre. Esse é aquele tipo de filme que, assim como o primeiro, fará muitas pessoas – claro que não todas – repensarem sobre muitas coisas e reavaliarem as próprias decisões antes mesmo de executá-las.

Nota: 98/100

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