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Crítica: “Os Inseparáveis”, sobre a jornada da amizade

“Os Inseparáveis”, “The Inseparables” no original, é uma animação produzida pela nWave Pictures e distribuída pela Aurélie Lebrun em 2023, mas no Brasil a distribuição foi feita pela Paris Filmes. Baseada em uma ideia de um dos roteiristas de Toy Story – Alec Sokolow, roteirizada junto de Joel Cohen e dirigida por Jérémie Degruson, a história é uma aventura de amizade, coragem e reconhecimento.

 

SINOPSE

No Central Park, em Nova Iorque, em um teatro de fantoches de bonecos de madeira, secretamente os bonecos na verdade tem vida própria. Junto deles vive Don, com a voz de Hélio Ribeiro, um boneco que é sempre obrigado a fazer o papel de bobo nas apresentações. Don decide ir embora em uma jornada que mostrará o seu verdadeiro valor. DJ Doggy Dog, com a voz de Beto Macedo, é um boneco eletrônico perdido entre os animais do parque procurando por uma família de verdade. Don acaba esbarrando com DJ Doggy Dog, juntos eles passarão por uma jornada de aprendizado e amizade.

 

 

IMPRESSÕES

Primeiramente, eu preciso falar sobre a animação antes de qualquer coisa. O filme começa com um tipo de animação, que é a forma como Don enxerga/imagina o mundo, que é, sinceramente, pelo menos para mim, uma das melhores execuções do estilo que vi na vida. É um estilo meio cartunesco, mais fantasioso, mais vivo, com efeitos extras de movimentos e impactos, um pouco semelhante a uma história em quadrinho, dando uma impressão muito mais poderosa nas cenas. Já nos momentos comuns, fora do mundo imaginado por Don, o estilo é muito semelhante às outras grandes animações, como as da Pixar Animation Studio, principalmente Toy Story, obviamente.

Pôster de Divulgação

 

Eu achei que maioria dos personagens servem apenas como suporte para o desenvolvimento dos principais, Don e Doggy, mas, mesmo assim, eles não deixam de ter alguma importância/relevância. Eu acredito verdadeiramente que tenha sido proposital, mas não acho que tenha sido uma ideia tão bem executada. Tudo que acontece envolvendo os outros personagens sempre é para criar uma situação para que Don veja aquilo como uma oportunidade de se provar, mentalizando seu mundo fictício onde ele é um cavaleiro em busca do “Castelo nas Nuvens”.

Eu percebi que Doggy, mesmo sendo um protagonista também, tem menos de relevância, servindo como um complemento para a história na maior parte do tempo. Ele tem muito mais relevância e protagonismo mais próximo do fim da obra, mas eu achei um tanto tarde para isso.

Cena do filme – o mundo mentalizado por Don

 

A história constrói a amizade de Don e Doggy de forma bem simples, talvez um pouco fraca e preguiçosa, algo que me fez questionar um pouco o título se chamar “Os Inseparáveis”. Os outros personagens, tanto os bonecos quantos os animais, são personagens bem menos relevantes, sendo eles por eles mesmos, servindo quase que unicamente para a evolução de Don e de Doggy.

É bem provável que poucas pessoas realmente gostem do filme, afinal a avaliação internacional dele é baixa (5,9/10 no IMDb, 63% de aprovação no Google), mas eu particularmente gostei e achei interessante, apesar de ser muito simples até para uma obra infantil.

 

Abertura do filme, com DJ Doggy Dog e frase de John Lennon

CONCLUSÃO

É um filme divertido para toda a família, talvez passe despercebido por muitos e provavelmente será esquecido, infelizmente. Digo infelizmente porque o filme tem um visual muito bonito, que merece atenção, e a história, mesmo sendo bem simples, clichê e com soluções fáceis, é divertida e não é ruim.

Nota: 6,8/10

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