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Crítica: ‘Wandinha – Temporada 1’, não é perfeita, mas diverte

A essa altura do campeonato, acredito que a grande maioria já assistiu a 1º temporada de Wandinha. Mesmo assim, acho pertinente escrever sobre ela, ainda mais depois do sucesso todo que ela fez por aí. Principalmente, quando falamos de sua dancinha que ainda está viralizando até hoje, sendo criada em casa por todos. Desde crianças a adultos tentando buscar um pouco de sucesso da série. Gosto disso, pois ainda mantém a série “viva” até agora.

A Família Addams

Para quem não sabe, A Família Addams foi criada em 1930 por Charles Addams. Começou nos quadrinhos e mais para frente começou a ser adaptada em várias mídias. Entre as versões mais famosas, temos a série dos anos 60 e a versão para o cinema datada de 1991. Os Addams são uma família rica aristocrática que ama o macabro e o sobrenatural e se tornando assim, excêntricos e bizarros, perante a sociedade normal. Esse tipo de humor logo fez sucesso e até hoje ele faz parte da cultura popular e também é uma inspiração para o mundo gótico e o mundo da moda.

Sinopse

Wandinha é a filha mais velha de Gomez e Mortícia Addams. Ao não se adaptar muito bem em escolas normais, ela é mandada para uma bem especial chamada “Nunca Mais”. Lá, ela encontrará outros adolescentes que são mais parecidos com ela e seres como lobisomens e sereias são apenas mais um na multidão. Por mais que ela não quisesse ficar nessa nova escola, logo uma série de assassinatos irá chamar a sua atenção e desvendar esse mistério se tornará sua obsessão. Ela terá que conciliar esse “hobby” ao mesmo tempo que terá que se dedicar aos estudos e ter que fazer novas amizades.

Wandinha

Nossa amada protagonista é bastante peculiar. Ao mesmo tempo que se mostra uma verdadeira psicopata e uma pessoa sem sentimentos, ela também mostra um lado de ter que fazer justiça sem se importar com as consequências. Junta isso tudo com uma personalidade sagaz, fria e apática e temos uma grande personagem. A escolha da atriz Jenna Ortega (Pânico) para o papel não poderia ter sido melhor. Ela consegue passar tudo isso com uma precisão incrível. O papel é dela para sempre e a partir de agora se torna impossível escalar outra atriz para o mesmo papel em produções futuras.

História

A história é toda escrita para ser uma aventura adolescente em uma escola nada ortodoxa. É impossível não lembrar um pouco de Harry Potter aqui. Seres mágicos, segredos e perigos mortais fazem essa comparação plausível. Embora a trama gire em volta de um eixo durante alguns episódios não deixando ela caminhar para frente, ainda assim é possível se divertir com as desventuras de nossa protagonista. Entre a mais marcante desses momentos é o momento do baile, onde temos a famigerada dança que vemos até hoje por aí sendo replicada das formas mais diversas possíveis.

No meu ver, o maior destaque do roteiro fica pelas frases cínicas, frias e até maldosas que são proferidas pela personagem da Wandinha. Tem momentos que elas são tão bizarras que o riso se torna inevitável. A falta de expressão da atriz nesse momento deixa a personagem única e impossível de não ser amada. Parece até contraditória de certa forma essa afirmativa, mas acredite, ela faz sentido. Acho o roteiro longe de ser perfeito, mas quando falamos da protagonista, ele o é.

Tim Burton

As pessoas podem dizer o que for, que a história é ruim ou que ela peca por vários problemas. O que ela nunca poderá dizer é que Tim Burton é incompetente. Ele não poderia ter escolhido uma gama de personagens melhor para adaptar. Sua estética gótica cai como uma luva nessa produção e só por isso já seria merecedora de uma conferida. Quem acompanha a carreira do diretor é incapacitado de discordar desse fato. Um excelente trabalho de direção de arte.

Coadjuvantes

Uma história desse tipo tem que ter alguns coadjuvantes bons. Falarei dos que possuem mais destaques em toda a temporada.

Ali pelo meio tivemos uma história paralela de que Gomez (Luiz Guzmán) seria um assassino. Achei esse plot fraco e que teve tudo sendo solucionado rapidamente. O policial que odiava o patriarca da Família Addams logo depois já estava sorrindo com ele. Achei fora de tom. Mortícia (Catherine Zeta-Jones) também se vê envolvida nesse caso, mas o seu destaque fica para a relação entre mãe e filha que torna tudo mais humano entre elas, se é que é possível.

Christina Ricci, nossa Wandinha dos filmes dos anos 90, faz uma participação pequena, mas muito importante nessa temporada. Acho que a atriz mereceu essa homenagem por tudo o que fez pela personagem.

Gwendoline Christie, nossa eterna Brienne de Game Of Thrones, nos traz mais um belo personagem para a sua galeria. Ela vai bem, mas achei tacado fora em seus momentos finais. Não é culpa da atriz, mas sim do roteiro que achou legal fazer o que fez.

Emma Myers, que faz a Enid, a lobisomem que é colega de quarto da Wandinha. Ela começa irritante, mas brevemente cai nas graças do público. Ela é fofa, divertida e sabe ser feroz quando mais se precisa. Consigo vê-la ficando mais famosa a cada dia.

A Mãozinha, feita pelo ator Victor Dorobantu, é incrível. Impossível não gostar do personagem e apesar de parecer uma espécia de “pet” para nossa protagonista, ele é de suma importância para o desenrolar da história. Melhor amigo possível. Os vídeos de bastidores do personagem são incríveis.

Temos outros personagens, mas vou me centrar apenas neles, pois o tempo é curto.

Conclusão

Embora não tenha achado perfeita, a diversão veio com gosto. Não dá para negar o sucesso que a série fez por aí, tanto entre os mais jovens quanto os mais velhos. Se ainda não assistiu e procura algo leve com tons sombrios, essa é a escolha perfeita. Uma 2º temporada já foi confirmada e acredito que chegue apenas em 2024. Um bom tempo de espera e o pior, um bom tempo para descobrirmos quem era a pessoa que estava vigiando nossa protagonista e que estava tirando aquelas fotos.

‘Wandinha’ se encontra completa na Netflix.

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