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Crítica: Um Completo Desconhecido é uma boa cinebiografia de Bob Dylan

Um Completo Desconhecido é mais um filme que chega com o destaque do Oscar 2025 nas costas. Conseguiu 08 indicações, entre elas: Melhor Ator Coadjuvante para Edward Norton, Melhor Figurino, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Atriz Coadjuvante para Monica Barbaro, Melhor Som, Melhor Ator para Timothée Chalamet, Melhor Direção para James Mangold e Melhor Filme. Ele até pode estar chegando como um grande azarão, mas é preciso destacar que essa é uma história muito bem contada sobre Bob Dylan. Impossível sair da sala de cinema sem nenhuma música dele na cabeça.

Sinopse

Situado na influente cena musical de Nova York do início dos anos 60, Dylan (Timothée Chalamet), o jovem músico de Minnesota, com apenas 19 anos, caminha rumo à sua ascensão na música. Passando de cantor folk, para as salas de concerto e ao topo das paradas, culminando em sua performance inovadora de rock and roll elétrico no Festival Folclórico de Newport em 1965, definindo um dos momentos mais transformadores da música do século XX.

Conheci Bob Dylan tarde demais

Por ser uma criança nascida nos anos 80, muitas coisas que vieram antes disso só fui descobrir bem mais tarde. Nessa lista entra David Bowie, Johnny Cash e o Incrível Bob Dylan, motivo desse longa e dessa resenha. Suas músicas, além de terem letras lindíssimas, também possuem uma levada capaz de emocionar. Isso se destaca imediatamente no longa quando rola a primeira música. É um momento tocante em que já vemos toda a força de suas músicas e o quanto ele exala todo o poder da música folk. Podemos incluí-lo como um dos maiores músicos do gênero até hoje. Mesmo que ele tenha mudado um pouco o seu som.

1960 até 1965

Todo o longa se passa durante o período de 05 anos, de 1960 a 1965 para ser mais exato. Esse período se destaca pela aparição de Dylan no cenário musical da época, culminando na transformação do cantor de folk para um rock n roll enérgico que incomodou muitas pessoas na época. Mas a história está aí para dizer que essa foi uma das mudanças mais importantes do século no quesito musical. Além disso, vemos sua relação com as mulheres, principalmente Joan Baez (Monica Barbaro), que compôs a icônica Diamons and Rust pensando no seu relacionamento com Bob Dylan. Conseguimos ver uma persona babaca nele e isso prevalece na forma em que lida com as mulheres. Um ótimo artista, mas uma pessoa sem o dom de tratar pessoas. Toda a arrogância e introspecção é vista em tela e esses méritos vão para Timothée Chalamet (Duna).

James Mangold é muito bom mesmo fazendo o básico

Em uma história romanceada e biográfica muitas coisas são retratadas um pouco diferentes de como aconteceram na vida real. São escolhas para deixar tudo mais coeso e com uma história mais interessante para ser contada. Dito isso, muitas coisas são trocadas da ordem e outras são adicionadas para fazer parte da história. Um super fã de Bob Dylan pode vir a chiar sobre uma coisa ou outra. Entendo, mas também entendo que as escolhas melhoram o andar de uma produção como essa. O diretor James Mangold (Ford vs. Ferrari) é muito bom no que faz e ele sabe contar uma boa história. Ele faz isso com primor e sem fazer nada extravagante. Nos dá o simples de uma forma muito bem feita e satisfatória.

Conclusão

Um Completo Desconhecido é um bom filme sobre um dos maiores nomes da música de todos os tempos. A obra é repleta de músicas da carreira do cantor na época e culmina com a clássica Like A Rolling Stone que possui em sua letra o verso “like a complete unknown”, origem do título dessa obra. Ainda em tempo vale destacar todos os atores que cantaram suas próprias músicas e dizer que todos estão muito bens em seus respectivos papéis.

Um Completo Desconhecido estreia em 27 de fevereiro nos cinemas.

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