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Crítica: ‘Sangue e Ouro’, um bom filme de ação alemão da Netflix

Toda vez que vamos ver um filme ocidental sobre a 2º Guerra Mundial, nazistas são vilões. Não nos importamos nem um pouco com eles. Podem morrer que estamos nem aí. Quando assistimos a um filme de 2º Guerra Mundial pela visão dos alemães, nós sempre vemos que eles não são tão horríveis assim, eles são humanizados e conseguimos entender que estão cumprindo ordens. ‘Sangue e Ouro’ é um filme alemão que coloca nazistas como os piores seres do mundo, sendo combatidos por um soldado alemão desertor. O resultado é um longa de ação com ótimas cenas e com uma catarse embutida por vermos nazistas morrerem de formas horríveis.

Sinopse

Heinrich (Robert Maaser), ou Henrique como bem traduziram, é um soldado alemão desertor que acaba sendo deixado para morrer por seus ex-companheiros. Em seus últimos momentos de vida, ele é salvo por Elsa (Marie Hacke), uma fazendeira local. Logo, a vida dos dois irá cruzar com os soldados que deixaram Henrique para morrer ao mesmo tempo que eles vão atrás de um ouro escondido em um vilarejo próximo. Com a grande guerra chegando ao fim, eles ainda vão travar uma verdadeira batalha sangrenta envolvendo todos os moradores do vilarejo.

Bom para os amantes da ação

É fato dizer que a franquia John Wick mudou o cinema de ação, mas é só agora que o mundo está tendo essa noção. Só este ano, esse é o 3º filme da Netflix no estilo que posso taxar com o selo John Wick de qualidade. Tivemos ‘Kil Boksson’ (Coreia do Sul), mais recentemente teve ‘A Mãe do Ano’ (Polônia), e agora ‘Sangue e Ouro’ (Alemanha). Todos eles têm como característica uma ótima ação de fazer o mais cinéfilo ficar arrepiado e feliz com o que está vendo.

É preciso frisar que esse longa também é bastante violento. Temos diversos tipos de morte aqui que farão o mais psicopata pirar. Mas calma, ele não é tão gore quanto parece, mas quando se trata de nazista morrendo, sentimos uma pequena catarse que nos faz sentir bem. Essa emoção traz um pouco de comédia para o que estamos vendo, mas é algo muito sútil. Existe uma pitada de um humor ácido em diversos momentos e é por causa deles que acabamos vibrando. Méritos de uma boa direção vinda de Peter Thorwarth (Céu Vermelho-Sangue).

Acredito que ele só não seja melhor do que é por causa de alguns clichês clássicos. Não que seja errado, mas são um pouco batidos. Principalmente quando se trata dos vilões. O tenente coronel do batalhão nazista é um clássico que remete automaticamente ao Fantasma da Ópera, e o que falar do Capitão nazista que é o mal encarnado. O bom disso é que conseguimos sentir um perigo real para nossos protagonistas. Os personagens podem morrer mesmo.

Conclusão

‘Sangue e Ouro’ foi feito para a pessoa amante da ação. É nesse público que ele irá encontrar mais fãs. Com uma boa direção e com atuações convincentes, ele fica acima da média em vários quesitos. A Netflix demorou um pouco para perceber esse nicho, mas acredito que ela tenha achado o ponto correto. Só tem que tomar cuidado para não produzir obras genéricas a ponto de enjoar e saturar o que parece ser bem promissor.

‘Sangue e Ouro’ já está disponível no catálogo da Netflix.

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