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Crítica: ‘OS BANSHEES DE INISHERIN’, nos traz uma história mundana sobre o fim de uma amizade

‘Os Banshees de Inisherin’ é um dos grandes destaques do ano no quesito das premiações. Ganhou 3 Globos de Ouro, incluindo Melhor Filme de Comédia/Musical, Melhor Roteiro para Martin McDonagh e Melhor Ator para Colin Farrell. Além disso, ganhou 9 indicações para o Oscar e, automaticamente, isso o torna um dos favoritos da cerimônia desse ano. Remando contra a maré, venho aqui com o infortúnio de dizer que ele é até bom, mas não tão bom quanto estão pintando por aí.

Sinopse

Pédraic (Colin Farrell) e Colm (Brendan Gleeson) são amigos inseparáveis que todo dia vão beber uma cerveja no pub local. De um dia para o outro, Colm resolve por fim a essa amizade, deixando o outro sem entender o motivo para tal ato. Os esforços de Pédraic para reatar a amizade de anos só aumenta a tensão entre os dois ex-amigos. Principalmente, quando Colm entrega um ultimato desesperado e desproporcional que faz com que a vida dos dois mude para sempre.

A sinopse não deixa muitas alternativas de para onde ir

Não vou negar que essa premissa atiçou minha curiosidade. O problema é que, depois do ato principal de terminar a amizade, ele não tem muito para onde ir. Além disso, o motivo maior para tal ato é comum e as atitudes para se manter assim se tornam extremamente drásticas para uma situação cotidiana. Alguns momentos de comédia são desenvolvidos, mas ainda assim faz parecer que a história não anda e que é só isso mesmo.

Não venho aqui dizer que o longa é ruim, mas passou longe de ser brilhante como alguns veículos estão noticiando por aí. Ele é plenamente assistível e dará alguns momentos de diversão, mas é isso. O seu grande ponto forte é a direção junto com as atuações marcantes dos atores, principalmente de Colin Farrell (O Lagosta) que faz algo genuinamente inédito e diferente de sua carreira inteira. Impossível não sentir empatia por ele e ficar chateado junto por terem terminado uma amizade com seu personagem.

Martin McDonaugh

O diretor e roteirista Martin McDonaugh está longe de ser um dos meus grandes diretores preferidos, mas ele tem obras que merecem ser destacadas. Entre elas temos ‘Na Mira do Chefe’ de 2008 e ‘Três Anúncios para um Crime’ de 2017. Sua direção não chega a ser inovadora e algo que se destaque demais em tela, mas a sua condução de atores é maravilhosa. Apenas com isso, todo o elenco consegue ficar acima da média e deixar a obra melhor do que ela já é. Dito isso, esse para mim é o grande ponto alto do filme: as atuações marcantes.

Conclusão

Talvez a sua grandiosidade venha do simples e eu simplesmente não consegui observar tal fato. O cotidiano sempre pode nos trazer histórias incríveis e inimagináveis. O problema é quando a expectativa não consegue se adaptar com o que é visto. Posso ter caído nessa grande armadilha e assim não consegui apreciá-lo como deveria. A verdade é que não o acho ruim, suas atuações junto com uma direção precisa me agradou. Apenas está longe de ser uma grande unanimidade como estão pintando por aí.

‘Os Banshees de Inisherin’ já está em cartaz nos cinemas nacionais.

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