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Crítica: O Fabricante de Lágrimas, é o meu próprio fabricante de lágrimas

O Fabricante de Lágrimas chegou a Netflix no início de abril e permaneceu no top 10 por bastante tempo. O longa é baseado no livro de mesmo nome escrito por Erin Doom e foi um sucesso mundial. Mas ele é bom mesmo? Já começando de um jeito bem sincero tenho que responder que não. Acredito que o livro seja bem melhor do que essa produção, porém, julgando apenas essa mídia cinematográfica, digo que é bem fraco. Valor de produção baixo, um romance digno de folhetins eróticos e soluções fáceis e sem emoção ditam a narrativa dessa obra.

Sinopse

Nica (Caterina Ferioli), ainda criança, se torna órfã e vai morar em um Orfanato que é regido de forma dura. Lá, conhece Rigel (Simone Baldasseroni), um menino que aparentemente só quer ver o mal dela, se tornando assim o seu Fabricante de Lágrima. Esse é um conto de fadas em que um artesão misterioso é responsável por criar todo o caos no coração de uma pessoa. Dez anos se passaram e Nica enfim tem um processo de adoção em trâmite, mas para o seu pesadelo, Rigel também está sendo adotado pela mesma família. Agora, terão que conviver juntos e superar seus obstáculos internos para que vivam em harmonia.

Poderia ser um suspense

Lendo essa sinopse novamente me dá a impressão que poderia ter sido um ótimo suspense, mas, infelizmente, está bem longe disso. Ele foi feito para um público mais voltado para o infanto-juvenil e o que na verdade temos aqui, é um romance adolescente daqueles impossíveis que só poderia resultar em uma tragédia. Calma, não chega a tanto, mas teria sido muito melhor e muito mais crível se fosse assim. Ele prefere simplesmente se resumir a uma história de amor.

Melodrama em alta

Esse amor impossível é muito ruim. Nica sempre achou que Rigel só quisesse o mal dela e quando menos percebe, ele só está apaixonado, e a própria também descobre que está apaixonada por ele. Agora eles serão irmãos. Entende o quanto isso é bizarro? E toda essa paixão é explorada de uma forma bem erótica com beijos e carícias pelo corpo, beirando um conto erótico. Para ser mais brega, Rigel sofrendo por amor diz que Nica é o Fabricante de Lágrimas dele. Ó Meu Deus!!! O melodrama sobe a altos níveis de cafonice que me faz revirar os olhos.

Mitificando o jovem sombrio

Toda aquela aura do garoto sombrio que sofreu demais e agora é apenas uma pessoa estúpida e grossa surge por aqui. A menina recatada e boazinha se vê na obrigação de salvar a alma deste bonito menino que é muito bom por trás de todo esse agouro. Um romance adolescente daqueles que quase mitifica e torna em algo romântico um moleque cheio de problemas psicológicos que deveriam ser tratados com ajuda de uma profissional. Mas haverá aqueles que acharão tudo isso lindo e completamente romântico.

Conclusão

O Fabricante de Lágrimas não foi feito para a minha pessoa, mas sei que alcançará um público que achará essa história uma ode ao romantismo antigo. Só achei tudo cafona, brega e piegas demais. Atuações duvidosas e resoluções fáceis só corroboram o meu sentimento de que vi algo lastimável. Talvez esteja pegando pesado demais nessa crítica, mas esses foram todos os sentimentos que esse longa conseguiu extrair de mim. Posso dizer que o meu fabricante de lágrimas é esse próprio filme. Na dúvida, leia o livro, acredito que seja bem melhor.

O Fabricante de Lágrimas está disponível na Netflix.

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