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Crítica: ‘Megatubarão 2’, onde o roteiro é mais predador do que os megalodontes

Apesar de não ter revisto o ‘Megatubarão’ lançado em 2018, tenho na minha cabeça que esse filme me divertiu bastante. Perfeito? Nunca. Porém, a diversão veio misturada com a galhofa e com ótimas cenas de tensão. Uma fórmula perfeita para ir ao cinema despretensiosamente e comer muita pipoca. ‘Megatubarão 2’ me animou de cara porque provavelmente iria me proporcionar isso tudo e mais um pouco. Ledo engano, porém, me fez rir bastante. Só não sei dizer se foi pelos motivos certos.

Sinopse

Uma equipe de cientistas resolve explorar “A Trincheira”, área que fica a mais de 7000 mil metros abaixo do mar. Foi nessa área que surgiu o primeiro megalodon que vimos no longa original. Após se virem forçados a irem mais fundo do que o normal, se deparam com uma estação submarina desconhecida no local. Lá, descobrem que o mundo corporativista está explorando a área, e no momento em que tudo dá errado, e para acobertarem tais atos, liberam mais megalodons pelo mundo, além de outros seres tão perigosos quanto.

Parecem 2 filmes diferentes

O roteiro desse filme, facilmente, está entre os piores do ano. Vou dissertar um pouco mais sobre isso, mas preciso começar dizendo sobre a diferença entre o tom de sua primeira metade e da metade final. No início, ele tenta levar a história de um modo mais explorador e que tenta escalonar um pouco através de uma tensão que nunca chega. Temos alguns personagens dispensáveis que acabam sendo exatamente isso: dispensáveis. Não lembro da cara deles e muito menos dos nomes. Uma aura de terror subaquático surge e cenas completamente ruins vêm à tona. Vale também comentar que o CGI é muito “mais ou menos” e deixa tudo pior do que realmente é.

A segunda metade dele deixa tudo isso de lado e vira uma verdadeira ação com comédia. Sim, e talvez nem tenha sido proposital. Todos os personagens, anteriormente sérios e centrados, viram atores de comédia fazendo piadinhas foras do tom e se revelando mestres da ação mesmo que sejam apenas cientistas. Eu consegui girar a chave e curtir tudo, porém, sempre tendo a consciência de que estava vendo algo muito ruim. No final, não tinha mais medo nenhum desses megatubarões e quase deu vontade de querer fazer carinho neles.

Isso tudo faz parte de um roteiro que não se encontrou. Além dessas maluquices que pontuei, existem muitas outras sem sentido junto com cenas canastronas dignas de um filme trash feitas no fundo do quintal. Temos uns vilões muito loucos que não fazem sentido nenhum. Um terrorista que odeia nosso protagonista quase de graça e que prefere tentar matá-lo do que fugir das feras do mar. Temos uma corporativista vilã de 007 que possui cenas ridículas e sai de cena mais calada do que entrou. São tantos problemas que posso ficar aqui por horas.

Conclusão

Pode ser que ‘Megatubarão 2’ apareça nas listas de piores filmes do ano. Não seria exagero e nem maldade, pois ele realmente é ruim. Porém, eu, muito consciente disso, consegui me divertir horrores. Seja por erros grotescos no roteiro, seja por cenas maravilhosas e estilizadas do Jason Statham (Adrenalina) matando os coitados dos megatubarões. Seja surfando uma onda com o jet ski, seja empalando um desses bichos com a hélice do helicóptero. Galhofa de primeira, mas poderia ter dosado isso com um pouco mais de suspense.

‘Megatubarão 2’ estreia nos cinenas em 03 de agosto.

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