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Crítica: ‘Magic Mike: A Última Dança’, só vale pelos corpos sarados

A franquia Magic Mike é uma que divide um pouco as opiniões. Tem quem ache ela maravilhosa e tem quem a ache terrível. No geral, sabemos o público que fala bem e que fala mal. Particularmente, fico no meio, pois consigo observar momentos bons e outros bem ruins. A verdade é que a ideia dele é ser divertido e quando vai por aí, dá muito certo, mas quando tenta ser profundo, é terrível. ‘Magic Mike: A Última Dança’ tem poucos momentos bons de comédia e peca demais, mas demais por tentar ser uma obra desruptiva.

Sinopse

O nosso querido ex-dançarino, Magic Mike (Channing Tatum), agora trabalha como bartender em festas de alta classe. Em um determinado dia, ele foi trabalhar para a socialite Maxandra Mendoza (Salma Hayek). No fim do expediente, ela pede uma dança particular para o ex-dançarino. Mesmo dizendo que deixou essa vida para trás, ele resolve fazer uma “última dança” para ela. Após uma noite mágica por causa dessa única dança, ela resolve fazer uma proposta que será irrecusável para ele.

É muito ruim, salvo apenas por poucos bons momentos

Tenho que começar sendo bastante franco: achei esse mais novo longa da franquia horroroso. Começa bem, possui alguns bons momentos pelo meio e no final, mas é sofrível. Aos bons momentos entenda só que são as sequências de danças das quais tem duas que merecem um grande destaque. De resto, é uma história maluca e sem noção que não fez nenhum sentido pra mim. Querer transformar um espetáculo de homens semi nus em algo para a alta sociedade em meio de um lugar tradicional frequentado por pessoas conservadoras.

Essa é a desrupção do qual mencionei. Soa muito falso e acaba parecendo que a mulher só quer se vingar do seu ex-marido por não superar a separação. O pior é que tudo isso vai por água abaixo, pois de certa forma o seu ex, meio que acaba vencendo o cabo de guerra, deixando para ela apenas um prêmio de consolação. No caso, um deleite de um espetáculo que transformou uma peça clássica do teatro (que não lembro o nome) em um show para mulheres que não estavam ali para ouvir histórias. Isso é tão maluco que me gerou um pouco de vergonha alheia.

As danças

Se esse longa tem um ponto positivo é exatamente as danças. Mesmo que ela não seja do agrado de todos, é inegável dizer que elas são bem interessantes. A primeira, logo em seu início, é a melhor e é impossível não te afetar quimicamente (entenda isso como quiser). Outra que merece destaque é a dança debaixo da “chuva”, a coreografia dela é boa e a direção aqui ajudou a deixar melhor do que realmente é. No elenco, tem ótimos vários dançarinos, e é uma pena que nenhum deles tenha, se quer, um mínimo de background. Isso faz lembrar que os amigos de Magic Mike dos filmes anteriores fazem uma falta enorme por aqui (mais um ponto negativo).

Conclusão

É até difícil acreditar que a direção desse longa é de Steven Soderbergh (Erin Brockovich, Uma Mulher de Talento), um diretor que já fez coisas tão maravilhosas e teve que acabar fazendo esse aqui também. Se bem que a culpa não é dele desse filme ser ruim. Minha recomendação fica para quem tá afim de ver um monte de homens sarados dançando sensualmente na tela da sua TV. Sim, nem de cinema é, pois ele saiu direto no streaming. Talvez esse tenha sido o primeiro sinal de que esse longa seria ruim.

‘Magic Mike: A Última Dança’ está disponível na HBO Max.

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