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Crítica: ‘John Wick 4: Baba Yaga’, é uma obra de arte do cinema de ação

Quando o primeiro John Wick estreou em 2014, ninguém imaginaria que essa seria a grande franquia de ação da década. Após vermos incontáveis tramas de vingança, essa parecia ser só mais uma. Ledo engano, e já em seu primeiro capítulo vimos que tínhamos algo diferente. Suas continuações apenas confirmaram o que acabei de dizer. ‘John Wick 4: Baba Yaga’ chega como o maior e o melhor de todos e vem para imortalizar na história o nome da franquia para sempre como um dos maiores filmes de ação de todos os tempos.

Sinopse

Após tomar um tiro e ter caído de um prédio, como vimos no filme anterior, John Wick (Keanu Reeves) continua mais vivo do que nunca. Ao perceber que sua jornada nunca terá um fim, ele pretende ir para o tudo ou nada. Para isso, ele desafiará um dos membros da Alta Cúpula para um duelo, caso vença, estará livre, caso perca, morrerá. Se já não bastasse essa dura batalha que irá travar, ele ainda precisa sobreviver a todos os assassinos que estão atrás de sua cabeça pela recompensa de alguns milhões de dólares.

Melhor filme da saga

Por mais que eu já tivesse visto muitas críticas positivas a favor dele, nada me fez preparar para o que iria ver de verdade. Esse capítulo me divertiu tanto que me fez dar urros de alegrias na sala de cinema como uma criança dentro de um parque de diversões. Se me perguntarem daqui a um tempo sobre a história, provavelmente eu não vou lembrar, mas se perguntarem sobre a ação, aí sim, lembrarei na hora de todos os momentos. Não me entenda mal, temos uma boa história no pano de fundo, mas o grande chamariz são as estrepolias realizadas por nosso protagonista que já está fincada nos anais do cinema.

Direção incrível de Chad Stahelski

O diretor Chad Stahelki, que também dirigiu todos os outros John Wick, ainda não é um nome forte e conhecido por todos, mas isso deve mudar agora. Antes da direção, ele era mais conhecido pelo seu trabalho de dublê. Esse detalhe faz toda a diferença, pois ele sabe onde colocar a câmera e como fazer uma ótima cena de ação. E, olha, o que ele faz aqui, é uma covardia contra qualquer outro filme de ação. Stahelki aumentou o nível e vai ser difícil assistir outra obra sem a qualidade do que vi aqui.

Temos praticamente 3 grandes cenas de ação. A primeira, no Japão, já é o suficiente para você ficar satisfeito e ir embora depois. A qualidade das lutas são incríveis e ela possui detalhes que aumentam todo o glamour do que estamos vendo. A fotografia ajuda demais e é capaz de criarmos quadros perfeitos para se pendurar na parede devido aos seus takes lindos e mágicos.

A segunda é na boate, onde temos mais lutas incríveis em meio de uma pista de dança com pessoas alheias ao que está acontecendo junto com uma cascata de água que deixa tudo lindo e plástico. A terceira, é a grande perseguição pelas ruas de Paris, que embora chegue a cansar pelo seu nível de porradaria, ainda assim é imensamente fantástica. O plano sequência dentro do prédio é a gigante cereja do bolo que vai fazer qualquer cinéfilo ficar embasbacado com o que está vendo.

Pequenos defeitos

Esse longa, para mim, só não vai ser nota 10 por alguns mínimos detalhes que me incomodaram. As lutas são boas demais, mas fazer com que nosso personagem caia de costas de uma altura gigante e não sofra nada, me pega de um jeito ruim. Ainda temos na lista o fato de que ele é atropelado algumas vezes, temos o salto dele de um prédio de 3 andares direto em cima de um carro, e o fato de que ele rola 200 degraus e sai sem nenhum mísero arranhão. Não temos mais um personagem humano, temos um super-herói.

Keanu Reeves

É impossível não amar o Keanu Reeves. Ele é uma das pessoas mais carismáticas de que se tem notícia e que se entrega à ação como ninguém. Ele está presente na maioria das cenas e isso aumenta demais a qualidade das cenas de ação. Apesar disso, temos um problema e sinto que serei xingado abertamente por todos: a sua atuação em momentos dramáticos é robótica. Ele fala muito pouco aqui, mas quando fala, nunca soa de um modo verdadeiro e convincente. No final, quem se importa. Contanto que ele se entregue na ação, para mim está ótimo.

Conclusão

Sei que pareci efusivo demais, mas o sentimento é verdadeiro. Se for um grande fã de ação e dos longas anteriores, não tem como não gostar. Inclusive, gostaria até de falar um pouco a mais, principalmente de cada personagem coadjuvante, mas a resenha ficaria gigante. Melhor pincelar o básico para que você vá conferir o quanto ele é incrível em uma boa sala de cinema. Será que esse foi o último capítulo? Ainda não dá para prever com exatidão, mas em breve teremos um derivado chamado ‘Ballerina’ que será estrelado pela Ana de Armas (Entre Facas e Segredos) nesse mesmo mundo onde John Wick vive.

Temos uma pequena cena pós-crédito que pode vir a ser importante para o futuro da franquia…ou não.

‘John Wick 4: Baba Yaga’ já está em cartaz nas salas de cinema do nosso país.

Vídeo com a música tema do filme, cantada por Rina Sawayama que também está presente no longa:

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