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Crítica: ‘JOGOS VORAZES: A CANTIGA DOS PÁSSAROS E DAS SERPENTES’, nos conta o prelúdio da franquia

A franquia ‘Jogos Vorazes’ foi um grande sucesso nos cinemas da última década. Juntando uma trama em um mundo semiapocalíptico com muita ação e muito subtexto político, chegou a fazer sucesso até com quem duvidada do seu potencial. A história principal, tendo a heroína Katniss Everdeen, acabou. Agora em ‘Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes’ voltamos ao passado para descobrir como Coriolanus Snow (Tom Blyth) começou a sua subida ao poder para se tornar o grande Presidente Snow que todos temíamos e odiávamos nos livros e filmes originais da franquia.

Sinopse

Essa história se passa 64 anos antes dos acontecimentos de ‘Jogos Vorazes’ (2012). Aqui, conhecemos um Coriolanus Snow (Tom Blyth) com apenas 18 anos de idade. Ele tem como origem a Casa Snow, uma família muito respeitada que não anda tão bem financeiramente. Para ganhar o prestígio que ele acha que merece, precisa ser o mentor de uma jovem tributo oriunda do Distrito 12, Lucy Gray Baird (Rachel Zegler), e fazer com que ela ganhe ou que o publico a ame. O destino dos dois será interligado até o sentimento por essa menina o confundir por completo.

Três arcos bem definidos

O filme é formado por três atos muito bem definidos: “O Mentor”, “O Prêmio” e “O Guardião da Paz”. O primeiro nos estabelece nesse mundo e embora sejam muitos anos no passado, notamos que as coisas não são tão diferentes assim. Ele era menos glamouroso e menos tecnológico. Lembrando um pouco os nossos anos 50 em relação à tecnologia. Esse ato nos mostra um Coriolano jovem, com muito vigor e com sentimentos de uma pessoa ingênua, mas boa que quer fazer o bem. Muito diferente do personagem que conhecemos em seu futuro.

O segundo ato já é sobre o nosso querido Jogos Vorazes em si. Para mim, o melhor do longa e onde possui as melhores cenas. As mortes de adolescentes e crianças continuam sendo cruéis e nos soa hipócrita quando notamos que torcemos contra e a favor, assim como a população de Panem. Elas estão pagando com a vida por problemas da geração anterior e vira entretenimento para a classe média que se acha superiora. Até aqui, nós seguramos as mãos do casal de protagonistas e torcemos por eles até o fim.

O seu terceiro ato não é ruim, é o mais importante até, porém, soa totalmente como um anticlímax. É nesse momento que começamos a ver o início da transformação do personagem que conheceremos 64 anos no futuro. A sua paixão imbuída de sonhos e ganância o atingem de jeito que é possível ver claramente sua mudança. Depois da ação gigante do 2º ato, esse último nos dá uma freada emocional que quase coloca tudo a perder, no quesito história.

Conclusão

Acabamos notando que “A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” é uma boa história sobre o nascimento de um vilão sem coração. Como esse rapaz gentil virou um ditador severo? Não sei se teremos mais espaço para esse tipo de desenvolvimento. A história de certa maneira se encerra por aqui e não vejo a autora Suzanne Collins fazendo um livro 2 dessa saga. Espaço tem, ainda mais porque temos personagens que não foram tão desenvolvidos e que poderiam ter seu tempo em tela bem maior. Se houver, ótimo. Caso não haja, fica aqui um bom estudo de personagem.

‘Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” estreia nos cinemas em 15 de novembro.

Música cantada pela própria atriz Rachel Zegler:

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