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Crítica: Furiosa: Uma Saga Mad Max, é quase perfeito, quase

Os nossos olhos piscaram e 9 anos já se passaram desde que Mad Max: Estrada da Fúria (2015) estreou nos cinemas e fez um grande estardalhaço, com aprovação de crítica e público. Nesse longa, uma personagem conseguiu ofuscar o protagonista Max Rocktansky, vivido por Tom Hardy (A Origem), e essa persona foi a Imperatriz Furiosa, vivida por Charlize Theron (Monster – Desejo Assassino). Fez tanto sucesso que o diretor George Miller (Happy Feet: O Pinguim) resolveu criar uma história de origem para ela. Diz ele que antes de Estrada da Fúria já tinha escrito uma história para dar embasamento e peso a personagem. Agora, somos agraciados com Furiosa: Uma Saga Mad Max, um título que já corre veloz para ser um dos melhores do ano…pelo menos até aqui.

Sinopse

No mesmo mundo apocalíptico das histórias de Mad Max, conhecemos a jovem Furiosa (Alyla Browne/Anya Taylor Joy), ainda pequena e vivendo em um oásis até ser sequestrada pelos homens de Dementus (Chris Hemsworth), um dos Senhores da Guerra locais. Agora vivendo sob a tutela desse homem terrível, eles vagam pelos desertos criando o caos e roubando dos mais fracos. Quando Dementus esbarra no tirano Immortan Joe (Lachy Hulme), começará uma guerra pelo controle local. Furiosa terá que sobreviver nesse mundo tirano, selvagem e cruel, enquanto tenta trilhar o caminho de volta para casa.

Selo de excelência garantido

A boa notícia já de supetão é que sim, esse filme é muito bom e mantém o nível do anterior lá no alto. Agora, ele é melhor? Não saberia dizer isso com tanta propriedade no momento. Diria até que eles são um pouco diferentes na maneira em que as histórias foram contadas. Enquanto Estrada da Fúria é uma ação desenfreada do início ao fim, Furiosa é mais cadenciado, dando abertura para uma história de origem ser realmente desenvolvida. É tudo contado com um total de 5 capítulos bem delineados como arcos importantes para a nossa heroína. Desde o seu rapto, passando por sua nova vida, virando uma pretoriana e buscando a vingança final que a persegue desde o início. Tudo excelente e com um nível de narrativa lá em cima.

Quase perfeito, quase

Outros destaques são para as partes técnicas. Que coisa mais linda e maravilhosa que presenciei em tela. Cinematografia linda, direção perfeita, direção de arte de cair o céu da boca e uma construção de mundo ímpar. Cada detalhe em cena, desde os capacetes de cada um até o vestuário, conta uma história não narrada e que nos passa pela cabeça como aquela pessoa chegou até ali. Dá para criar infinitas histórias somente com esses mínimos detalhes geniais. Mesmo sendo tudo lindo, ele possui um defeito crucial. Se antes os efeitos práticos davam as cartas, aqui, o CGI meio que tomou de conta. Muitas cenas com esse artifício e ficava claro o uso delas em cada cena. Uma pena, não tira o brilho do filme como um todo, mas tira uma nota 10 quase certa.

Opinião controversa

É fato sabido por todos que Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha) é uma ótima atriz. É novinha, mas já destilou muito talento por aí. Dito isso, tecerei um comentário do qual provavelmente serei execrado porque certamente não terei o coro popular comigo. Ela é boa, mas não chega aos pés da Charlize Theron no papel. Não saberia nem explicar o porque, mas eu achei que ela não combinou muito com a personagem. Como falei, ela ainda atua muito bem aqui, faz ótimas cenas de ação, mas não me convenceu, infelizmente. Em contrapartida Chris Hemsworth (Os Vingadores) mostra porque é um grande ator que consegue fazer um vilão odioso e carismático ao mesmo tempo.

Pretoriano Jack

Dentre os personagens, vale destacar uma grata surpresa que foi o Pretoriano Jack, vivido por Tom Burke (O Milagre). Ele é tão bom e faz um par tão perfeito com a Furiosa, que por um momento eu achei que ele fosse o próprio Max que dá nome a saga. Um ótimo personagem que deu vida e um aprofundamento muito maior a nossa querida protagonista. Ele ainda, junto com nossa Furiosa, encena as duas melhores cenas de ação dos últimos tempos nos cinemas, com destaque para a já famosa (ou em breve famosa) Stairway To Nowhere, uma perseguição de 15 minutos que é um dos pontos altos de todo o longa. Por falar no Max, ele aparece apenas em uma pequena ponta.

Conclusão

Estou feliz, estou empolgado e com isso já começo a cantar para o mundo todo que essa será uma das grandes obras do ano. Não sei se chegará às premiações, como o anterior, mas o meu coração ele já tem. Procurem a melhor sala de cinema para assisti-lo. Esse detalhe acaba sendo crucial para a sua experiência e imersão. Garanto que estará diante de mais um evento promovido por George Miller. Perdeu uma nota máxima por detalhes, porém ainda vai agradar a maioria da melhor forma possível.

Furiosa: Uma Saga Mad Max estreia nos cinemas em 23 de maio.

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