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Crítica: ‘Chama a Bebel’, filme para animar as férias da garotada

‘Chama a Bebel’ é o novo filme nacional que chega agora em janeiro para agitar as férias da garotada nos cinemas. Claramente voltado para um público infanto-juvenil, ele vem para divertir e também para conscientizar os jovens de que um mundo sustentável pode ser a solução para um mundo melhor. Ele é dirigido por Paulo Nascimento (A Oeste do Fim do Mundo) e é estrelado pela talentosa Giulia Benite (Turma da Mônica: Laços), que mostra que pode ter uma carreira de sucesso pela frente.

Sinopse

Bebel (Giulia Benite) é uma jovem de 15 anos, cadeirante e muito pró-ativa. Sua rotina muda drasticamente quando precisa sair do interior, onde mora com sua mãe e avô, para estudar em uma escola na cidade grande. Nesse novo lugar, ela fará novos amigos e enfrentará a inveja dos alunos populares, além da ira da própria tia. Buscando sempre por um mundo melhor, ela tentará mudar alguns costumes do colégio e enfrentará a força de uma grande empresa da cidade que usa animais para testar seus produtos.

Me lembrou ‘Malhação’

A primeira coisa que me veio a cabeça ao ver esse filme foi a novela ‘Malhação’ (1995-2020) na cabeça, ou até mesmo uma novela do SBT para crianças. Toda a energia dessas produções citadas reverberam alto e fica impossível não comparar um pouco. Que fique claro que isso não é um demérito, é apenas uma observação que vai fazer você entender melhor sobre o produto que irá ver. Todos os maneirismos estão ali: a menina boazinha do interior que não entende direito a vida na cidade grande, os amigos rejeitados, os vilões populares, o elenco adulto que tenta ser coerente e uma tia digna de uma boa madrasta vilanesca em qualquer história da Disney.

Mensagens sustentáveis

Esse filme não é baseado em nenhuma história real, mas ele pega exemplos reais que aconteceram em nosso país e insere na história como uma forma de propagar bons exemplos. Entre eles, a escola que aproveita o lixo e a libertação de animais que estavam sendo usados para testes para cosméticos. Esses detalhes é que fizeram o filme ter um mínimo de relevância. Apesar de ser muito piegas, a mensagem de que devemos proteger o nosso planeta é para ficar em voga e deveria ser mais discutida por aí. Algo que não vejo muito, só vejo as pessoas simplesmente ignorando tal assunto.

Problemas na atuação

Eu aceito plenamente que esse longa não é para mim. Não sou o público dele, mas estou aqui para dizer o que é bom e o que é ruim. Mesmo não querendo, devo dizer que muitos problemas saltaram à tela. Me refiro principalmente a direção, roteiro e atuação do elenco. Dirigir um elenco jovem nunca deve ser fácil. Dá para notar que muitos ali possuem uma qualidade a mais, mas se perdem em um roteiro com falas bobas e alguns momentos surreais com a realidade. Claramente são adultos escrevendo um texto para adolescentes e na hora notamos que é estranho. Não combina, não bate. A naturalidade se perde e tudo o que sobra são momentos engessados com atuações um pouco duvidosas.

A nossa protagonista vivida pela Giulia Benite também cai nessa armadilha, mas dá para notar que ela tem um algo a mais. Sinto que ela terá uma brilhante carreira pela frente. Ainda tá amadurecendo, mas já dá para notar que ela pode ir longe.

Conclusão

Os problemas que mencionei não vão atrapalhar o público-alvo, eles são mais para pessoas ranzinzas como eu. É uma história infantil que nos mostra como um mundo pode ser melhor se cooperarmos juntos. O certo e errado vivem sempre em uma linha tênue, mas o nosso caráter deve prevalecer sempre. Uma mente livre de culpa é melhor do que uma mente que usufrui do luxo e conforto, mas que se sente culpada no fim do dia.

‘Chama a Bebel’ estreia nos cinemas em 11 de janeiro.

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