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Crítica: Atlas, até que é um sci-fi bem decente

Atlas é um grande exemplo de filme que ando reclamando incessantemente por aqui. Parece que foi criado por base de algoritmos e que foi aproveitado de várias ideias que já vimos aos montes por aí. Mas possui uma diferença primordial: ele é decente. Não é a melhor coisa do mundo, mas consegue divertir sem fazer revirar os olhos com um monte de cenas vergonha alheia. Nada original, mas consegue contar uma história que nos deixa preso a tela. Clichê, mas bem divertido.

Sinopse

Atlas Shepherd (Jennifer Lopez) é uma analista de dados muito acima da média, antissocial e que não confia de jeito nenhum em inteligência artificial. Ao lado de uma equipe treinada do Exército, ela embarca em uma missão para capturar o líder dos robôs rebeldes, do qual ela compartilha um passado traumático. Quando a missão principal falha, a única esperança de Atlas para salvar a humanidade e a si mesma será confiar 100% em uma inteligência artificial chamada Smith.

Atlas na mitologia grega

Eu não sabia direito qual era a história desse filme, então erroneamente achei que o título Atlas se referisse a algum robô da produção. Esse é o nome da nossa protagonista e isso tem um significado a mais. Na mitologia grega, Atlas é o titã que foi condenado por Zeus a sustentar os céus para sempre em suas costas. Isso serve de metáfora para aquela pessoa que tenta levar o mundo nas costas por não confiar em ninguém e por achar que só ela é capaz de realizar tudo sem o mínimo de ajuda. É justamente isso que nossa protagonista faz, carrega o peso do mundo nas costas. Principalmente, por se sentir culpada por algo do passado.

É tudo sobre Jennifer Lopez

Por falar na nossa protagonista, é preciso falar de Jennifer Lopez. Esse filme foi todo feito para ela. É somente para ela brilhar e mais ninguém. Isso é algo que me frustrou um pouco por alimentar algo maior na minha cabeça. Existe uma preparação militar para atacar o grande vilão do longa. Esse detalhe me lembrou demais Aliens, O Resgate (1986). E fica só nisso, na lembrança. Porque quando começa o “pega pra capar”, é simplesmente um massacre onde somente nossa heroína, convenientemente, sobrevive. Se ela não fosse totalmente o foco, algo até mais interessante poderia ser feito. Mas a verdade é que é uma história de uma personagem com um passado e é tudo sobre ela mesmo e nada mais. Paciência.

Fascinação por revoltas robóticas

Entre nós humanos existe essa mística e até mesmo uma paranoia sobre robôs se revoltarem e tentarem extinguir a nossa raça. Temos diversos filmes sobre isso e conforme nossa tecnologia avança esse mundo acaba sendo um pouco mais crível do que anos atrás. Não deixa de ser um mote fascinante que repercute em nossos pensamentos. Nesse caso, nenhuma novidade a mais é incluída no assunto, porém, vemos que nem toda tecnologia é usada estritamente para o mal. Ganhamos de brinde um conto sobre confiança de que somente podemos ser melhores compartilhando a vida e não vivendo sozinho em uma bolha.

Conclusão

Assistir Atlas me deu uma sensação boa. Não é original, não é a melhor coisa do mundo, nem do gênero, mas me entreteve muito bem durante 2 horas. Me mantive preso e atento a tudo o que acontecia sem um pingo de impaciência possível. Só por esse motivo já o achei decente o suficiente para vir aqui indicá-lo. Vale mencionar também que as cenas de ação são boas, e por mais que sejam quase que completamente feitas por CGI, a sensação de estar vendo algo grande chega até você.

Atlas já está disponível no catálogo da Netflix.

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