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Crítica: ‘As Tartarugas Ninja: Caos Mutante’, é mais uma boa animação de 2023

‘As Tartarugas Ninja’ nasceram em 1984 em uma revista em quadrinhos publicada pela Mirage Comics. Nessa época, as histórias eram violentas e nada amigáveis. Rapidamente, os personagens alcançaram o sucesso e logo se espalhou para outras mídias como desenhos animados para a televisão, ganhando versão live-action nos cinemas, além de jogos para videogames e bonecos para as crianças. Agora em 2023, Seth Rogen (Segurando as Pontas), aqui, roteirista e produtor, nos traz um longa animado que faz jus aos personagens e que vai divertir a todos no cinema.

Sinopse

Os queridos irmãos Leonardo, Rafael, Donatello e Michelângelo estão de volta em uma nova aventura que mudará a vida deles para sempre. Acompanhados de seu pai, Splinter, e da repórter adolescente, April O’ Neill, eles terão que evitar o plano maligno de um mutante chamado Super Mosca que visa destruir a raça humana. Uma busca por aceitação e um bom entendimento sobre o que é certo e errado permeará nossos queridos personagens.

Uma nova história de origem

Esse longa animado nos traz mais uma história de origem dos heróis tartarugas. Uma boa obra de início para quem nunca viu nada e um ótimo ponto de partida para entender tudo sobre eles sem ter que revisitar trocentas obras passadas. A história funciona como Ano 1 de As Tartarugas Ninja. Eles não possuem contato nenhum com os humanos e sempre vivem escondidos de qualquer tipo de preconceito que possa machucá-los. Ao mesmo tempo em que são literalmente adolescentes descobrindo o prazer da vida junto com um pai que fará de tudo para protegê-los do mal.

Preconceito e aceitação

O mote que o longa usa é justamente do preconceito e da busca pela aceitação. Apesar de eles serem tartarugas mutantes, são crianças normais que querem viver o cotidiano sem precisar se esconder. Eles querem namorar, ir pra escola e curtir a vida como qualquer outro adolescente, mas o preconceito dos humanos não deixa. Afinal, tememos tudo o que não entendemos. Ao ajudar a April após um roubo, percebem que o caminho para o que mais desejam é sendo heróis que protegem a cidade. Se mostrarem que são pessoas boas, o resto da humanidade irá aceitá-los sem problemas.

É um pensamento ingênuo, mas que faz sentido na cabeça deles. Tudo começa a desandar ao conhecer o grande vilão da história que não é tão diferente deles. É nesse momento em que o discernimento entre o certo e errado começa a falar mais alto. O vilão tem razão, pois, de certa forma, são parecidos ou o certo deve prevalecer além das custas de seu sofrimento? É uma bela sinuca de bico para eles, mas a índole sempre prevalece e dependendo dela, já basta muito mais do que qualquer outra coisa.

Boa dinâmica e humor junto com uma ótima animação

Um dos pontos altos do filme é a grande dinâmica entre os irmãos. Eles são simplesmente ótimos juntos e assim conseguem gerar as melhores piadas. O roteiro soa muito orgânico e natural com as tartarugas em cena e isso causa uma excelente sensação de felicidade e de querer mais disso durante todo o restante da projeção. Juntado isso a uma bela técnica de animação e temos um produto que deixará o público feliz. Pode não ser totalmente perfeito, mas a diversão é garantida.

Conclusão

Para quem se engajar um pouco mais pode até se emocionar com os desdobramentos finais da história. Ele possui uma trama clássica de origem e superação, mas que tem um algo a mais. Personagens carismáticos, um roteiro inspirado e uma direção boa conseguem gerar um ótimo produto final que dificilmente vai incomodar alguém. Não chega a ser a melhor animação do ano, mas não faz nenhum pouco de vergonha. Que venham as continuações. Ele possui uma cena ainda no meio dos créditos.

‘As Tartarugas Ninja: Caos Mutante’ estreia exclusivamente nos cinemas em 31 de agosto.

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