‘Aquaman 2: O Reino Perdido’ é um filme que chega com um ar fúnebre aos cinemas. Ele é o responsável por ser o último filme da DCEU como conhecemos. Tudo começou há 10 anos com ‘O Homem de Aço’ de Zack Snyder e se encerra agora com o Aquaman de James Wan. Nada mais justo para o herói que foi o maior sucesso da franquia em questão de bilheteria. De qualquer forma, bate uma tristeza interna de que tudo poderia ter sido bem melhor. A boa notícia é que uma nova era DC capitaneada por James Gunn vem por aí e nada está completamente perdido.
Sinopse
O vilão Arraia Negra (Yahya Abdul-Matten II) ainda vive para se vingar de Aquaman (Jason Momoa), o homem que deixou seu pai para morrer. Em suas buscas por artefatos poderosos que o ajudem nessa empreitada, encontra um antigo tridente que despertará uma força e uma fúria devastadora contra os atlantes. Nem mesmo o atual rei atlante será páreo para ele sozinho. Precisando de ajuda, Aquaman precisa juntar forças com seu meio-irmão, Orm (Patrick Wilson), para evitar o fim do mundo como conhecemos.
Mesmos acertos e mesmo erros
Essa segunda parte de Aquaman é tão divertida quanto a primeira e também possui quase os mesmos erros de seu antecessor. Visual lindíssimo, batalhas empolgantes e um roteiro bem meia boca. Ele é feito exclusivamente para a diversão e mais nada. Não tem como levar ele a sério demais, e inclusive o filme mesmo nos lembra disso o tempo todo. Estamos olhando uma situação urgente, perigosa, e logo uma piada é implementada, cortando toda a imersão de perigo em que fomos colocados anteriormente. Amo comédia quando bem pontuadas e que não atrapalham o andar da carruagem. Aqui, esse artifício foi usado tanto que cansou.
Jason Momoa não sabe fazer drama
É preciso um parágrafo para falar de Jason Momoa. Que ele é carismático, não há dúvidas, que ele sabe fazer uma cara ameaçadora e malvada na hora certa, também é sabido por todos, mas quando é exigido emocionalmente, se perde completamente. Ele sabe fazer piadas, sabe fazer boas cenas de ação, mas não sabe passar a emoção necessária quando exigido. No ponto em que seu filho, Artur Jr. é sequestrado, a sua atuação é de ruim a pior. Amo Jason Momoa, mas ele falha muito nesse quesito.
Mensagem ecológica
Em tempos em que o nosso clima está completamente virado de cabeça pra baixo, ‘Aquaman 2…’ chega para tocar um pouco nesse assunto. Apesar da causa da poluição do mundo aqui ser fictícia, a mensagem é clara a todo mundo. Se continuarmos agindo da mesma maneira, queimando tudo e destruindo tudo, não teremos um amanhã. Nada melhor do que o Aquaman para ser o porta-voz dessa causa. Embora no filme isso tenha uma resolução utópica, fica aí a mensagem para que sejamos melhores.
Muitos problemas
A produção do filme teve diversos problemas. Foi adiado pelo menos três vezes e passou por muitas regravações. Um dos motivos para tais regravações foi a diminuição do papel da Amber Heard, que faz a Mera, par romântico do Aquaman. Tudo isso devido a sua polêmica nos tribunais junto com o seu ex-marido Johnny Depp. Esse é o único motivo sabido por todos, outros rumores dão conta que o longa foi mudado justamente por saberem que seria o último da DCEU. Sendo assim, cortou participações especiais que não trariam nada novo para esse universo que já tinha o seu fim declarado. Além de não precisar incrementar nada para o futuro.
Cena pós-crédito
Temos uma cena que passa logo após os créditos iniciais, e ela é uma complementação de uma piada feita ao longo do filme. Engraçada, mas nada importante para um possível futuro.
Conclusão
O longa está longe de ser um total fiasco, pensando em bilheteria. Mesmo com pouco marketing da Warner, acredito que ele vai alcançar uma boa marca em relação a arrecadação. Ele foi feito para isso, para ser uma boa diversão pipoca para as férias. Muitas cenas de aventura com efeitos belíssimos e com uma dificuldade de filmar quase tudo como se realmente estivesse de baixo d’água. Porém, não podemos exigir nada mais além do que isso.
‘Aquaman 2: O Reino Perdido’ estreia nos cinemas em 20 de dezembro.