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Crítica: A Viúva Clicquot, biografia de Barbe-Nicole Clicquot

A Viúva Clicquot não foi nada do que imaginei, e isso foi bom. A grande verdade é que subestimei e o julguei pela capa. Essa obra conta parte da história de Barbe-Nicole Clicquot Ponsardin, uma das primeiras empresárias mulheres de que se tem notícia e que mesmo 250 anos após o seu tempo seu império ainda se faz presente no mundo. Esse é mais um daqueles filmes que contam a história de sucesso de uma marca famosa. Nesse caso, o Veuve Cliquot, uma das marcas mais respeitadas de champanhe até hoje.

Sinopse

A história de Barbe-Nicole Ponsardin, uma viúva de 27 anos que depois da morte prematura do marido, desrespeita as convenções legais e assume os negócios de vinho que mantinham juntos. Sem apoio, ela passa a conduzir a empresa e a tomar decisões políticas e financeiras desafiando os críticos da época e revolucionando a indústria de Champagne ao se tornar uma das primeiras empresárias do ramo no mundo. Hoje, com 250 anos de história, a marca Veuve Clicquot é uma das mais reconhecidas e premiadas do setor.

Baseado no livro e na história real de Barbe-Nicole Clicquot Ponsardin

O filme é baseado no best-seller A Viúva Cliquot: A História de um Império do Champanhe e da Mulher que o Construiu escrito por Tilar J. Mazzeo e lançado em 2009. Esse por si só é baseado na história real dessa revolucionária da indústria do champanhe. Dando uma lida sobre ela, nota-se que ela não tinha nenhum entendimento da arte do champanhe e nem sobre como administrar uma empresa. Tudo começa quando ela se casa com François Cliquot (Tom Sturridge). Ele é a pessoa dona das terras e que possui o conhecimento de tudo, que logo passa para ela tudo o que sabe sobre essa arte. Embora a morte dele seja no início, a vida dos dois é toda contada em flashback e dessa forma conseguimos entender perfeitamente os acontecimentos que os levaram até ali.

Uma luta ferrenha contra o machismo

Se vivemos em um época em que a mulher ainda sofre com o machismo, imagina 250 anos atrás. Não só imperava como tinha leis que proibiam a mulher de gerir uma empresa. Uma brecha na lei faz com que ela fique a frente tudo. Essa brecha é justamente o fato dela ser a viúva do dono das terras. Com isso, começa uma caça as bruxas a ela para que falhe e seja retirada dessa função a força pela lei. Porém, ela demonstra ser extremamente competente, o que aumenta mais ainda a inveja e o ódio de homens que se julgavam superiores.

É bom, mas faltou algumas nuances

Embora vemos constantemente ela tentar e falhar, essa parte política não fica tão a mostra assim e, com isso, acredito que o filme perde bastante força. O roteiro prefere focar no seu amor com Françoise e em momentos em que ela faz suas alquimias em busca do produto perfeito. Isso não é ruim, mas faltou um algo a mais. Nem mesmo o período de guerra em que Napoleão é deposto é explorado, dando a impressão que ela passou completamente incólume a isso. Até mesmo o seu sucesso surge do nada, assim como o seu julgamento é feito as pressas. Sinto que esse longa poderia ter sido um épico se fosse melhor trabalhado e com um tempo maior de duração.

Conclusão

A Viúva Clicquot é um belo filme, porém senti que poderia ter sido maior e melhor. O que falta nele não o prejudica como um todo, mas fiquei surpreso que ele acaba de repente em um momento de clímax. Não me entenda mal, de certa forma entendi que acabou da melhor forma possível e com um momento decisivo, mas naquele momento eu já ansiava por mais dessa história. Haley Bennett (Cyrano) como Barbie-Nicole não chega a brilhar, mas está muito bem no papel e sinto que com um carinho a mais ela iria longe nessa atuação.

A Viúva Clicquot estreia nos cinemas em 15 de agosto.

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