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Bridget Jones: Louca Pelo Garoto, é uma boa comédia romântica sobre o luto

Não há dúvidas que a franquia de Bridget Jones fez um grande sucesso nos cinemas. Suas histórias misturando comédia e drama são sempre na medida certa. Embora todos eles sejam medianos, é possível ver um brilho diferente se comparando obras do mesmo estilo. Bridget Jones: Louca Pelo Garoto adapta o 3º livro escrito por Helen Fielding, mas cronologicamente acaba sendo o 4º. A ordem nos cinemas está correta agora e provavelmente esse seja o último longa da franquia. Acredito que os fãs irão se deleitar como essa nova aventura.

Sinopse

Bridget Jones (Renée Zellweger) está sozinha mais uma vez, viúva há quatro anos. Ela agora é mãe solteira de Billy (Cásper Knopf), de 9 anos, e Mabel (Mila Jankovi), de 4 anos, e está presa em um estado de limbo emocional, criando seus filhos com a ajuda de seus amigos leais e até mesmo de seu ex-amante, Daniel Cleaver (Hugh Grant). Pressionada por sua família de amigos a forjar um novo caminho em direção à vida e ao amor, Bridget volta ao trabalho e até experimenta aplicativos de namoro, e logo se torna a ‘favorita’ de um homem mais jovem, sonhador e entusiasmado Roxster (Leo Woodall) ao mesmo tempo em que possui contatos racionais com Mr. Wallaker (Chiwetel Ejiofor), novo professor de ciências de seu filho.

Tirar Mark Darcy da história foi um erro

O 3º livro que possui o mesmo nome do longa não foi muito bem recebido pelos fãs e de cara já sabemos o motivo. Tirar Mark Darcy (Colin Firth) da história é um erro gigante. No filme segue a risca o escrito. O pior é que o ator Colin Firth (O Discurso do Rei) fica aparecendo de tempo em tempo na película como um fantasma que vai acompanhando a vida de Bridget Jones. Ou seja, o ator ainda teve a boa vontade de fazer parte dessa obra, mesmo sendo descartado. Na minha opinião, de longe, esse é o maior erro dessa história, mas já que foi feito assim, paciência.

O bom balanceamento entre comédia e drama

Dito isso, posso dizer que quando me acostumo com essa ideia, o resto da película flui bem. Vemos a mesma Bridget Jones de sempre, mas agora com a imensa responsabilidade de ter que cuidar de duas crianças. A comédia, a princípio boba e física, consegue dar um levante no que poderia ser um grande dramalhão. As pequenas esquetes da personagem funcionam e faz rir quando menos se espera. O drama também está presente e é justamente quando a obra se sai melhor. De certa forma, entendemos a personagem e queremos que ela se sobressaia sobre essas intempéries.

O luto

O longa também trabalha a dor do luto. Não existe um tempo certo para viver esse momento. Alguns vivem isso por meses, outros por anos. O importante é que em algum momento sua vida vai ter que seguir. Quando isso acontecer, tem que estar desprovido de culpa e com a sapiência de que você ainda tem pessoas maravilhosas ao seu lado e que precisam de você. Esse passo a frente de Bridget Jones se torna o pontapé inicial para viver o resto de sua vida e isso respinga no encontro de um novo amor e no saber de que seus filhos também continuarão em frente. Esse é o melhor tema a ser tratado aqui e posso dizer que me pegou de jeito.

Conclusão

Bridget Jones: Louca Pelo Garoto me deu uma rasteira. Fui esperando algo chato e genérico e acabou me entretendo de várias formas. A comédia me fez rir e o drama me fez pensar. Foi uma experiência despretensiosa e boa ao meu ver, mesmo que tenha achado um erro imperdoável tirar o Mark Darcy da história. Hugh Grant (Quatro Casamentos e um Funeral) está de volta como Daniel Cleaver, agora como um grande amigo de Bridget e não é falso dizer que ele rouba a cena em todos os momentos em que aparece. Um belo filme para os fãs da franquia e do gênero.

Bridget Jones: Louca Pelo Garoto estreou nos cinemas em 13 de fevereiro.

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