A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou em 30 de agosto de 2022 a lista com os seis longas-metragens pré-selecionados para concorrer a uma vaga no Oscar 2023.
Assim, os escolhidos poderão concorrer na categoria de Melhor Filme Internacional na 95ª Premiação Anual promovida pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences.
Os selecionados são:
A MÃE, de Cristiano Burlan
A MÃE segue a jornada de Maria, migrante nordestina e vendedora ambulante em busca de seu filho Valdo, supostamente assassinado por policiais militares durante uma ação na vila onde mora. Em busca de descobrir o paradeiro do filho, Maria enfrenta diversas adversidades. Ela não tem nenhuma notícia que a ajude a encontrá-lo. Essa tragédia deixa uma ferida profunda na personalidade de Maria, que passa a viver sob a marca da insegurança e da impunidade.
A VIAGEM DE PEDRO, de Laís Bodanzky
1831, durante a travessia do Atlântico em uma fragata inglesa rumo à Europa, Pedro, o ex-imperador do Brasil, busca forças físicas e emocionais para enfrentar seu irmão que usurpou seu reino em Portugal. Pedro se vê doente e inseguro. Entra na embarcação em busca de um lugar e uma pátria. Em busca de si mesmo.
CARVÃO, de Carolina Markowicz
Numa pequena cidade do interior, uma família recebe uma proposta rentosa, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar. Porém, nenhum dos familiares, e muito menos o próprio hóspede, vê suas expectativas cumpridas. “Carvão” é um retrato ácido de um Brasil onde impera a naturalização do absurdo.
MARTE UM, de Gabriel Martins
Os Martins, família negra de classe média baixa, seguem a vida entre seus compromissos do dia-a-dia e seus desejos e expectativas, mesmo com a tensão de um governo conservador que acaba de assumir o poder no país. Em meio a esse cotidiano, Tércia cuida da casa enquanto passa por crises de angústia, Wellington quer ver o filho virar jogador de futebol profissional, Eunice tem um novo amor e o pequeno Deivinho sonha em colonizar Marte.
PACIFICADO, de Paxton Winters
Tati é uma menina introspectiva de 13 anos que luta para se conectar com seu distante pai, Jaca, recém-saído da prisão no momento turbulento das Olimpíadas do Rio. Enquanto a polícia “pacificadora” luta para ocupar as favelas ao redor do Rio, Tati e Jaca precisam navegar entre os obstáculos que ameaçam suas esperanças para o futuro. Nascido de uma colaboração criativa de sete anos entre a comunidade ‘Morro dos Prazeres’, o escritor/diretor Paxton Winters, Wellington Magalhães (Maga) e Joseph Carter (Joe), PACIFICADO oferece um retrato íntimo de uma família tentando encontrar a paz no inconstante campo de batalha, que eles chamam de casa.
PALOMA, de Marcelo Gomes
Paloma, agricultora, quer um casamento tradicional em uma igreja com o namorado Zé. O padre local recusa seu pedido. Mas Paloma, uma mulher trans, vai lutar por seu sonho.
Ao todo, foram 28 longas-metragens inscritos e habilitados a concorrer à vaga e, pela primeira vez, a eleição será realizada em dois turnos.
Primeiramente, no dia 5 de setembro, segunda-feira, será escolhido, entre os seis pré-selecionados, o filme que representará o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar.
Presidida por Bárbara Cariry, a Comissão de Seleção deste ano é formada por 19 membros: André Pellenz, Barbara Cariry, Cavi Borges, David França Mendes, Eduardo Ades, Guilherme Fiúza Zenha, Jeferson De, João Daniel Tikhomiroff, João Federici, José Geraldo Couto, Juliana Sakae, Marcelo Serrado, Maria Ceiça de Paula, Patricia Pillar, Petra Costa, Renata Almeida, Talize Sayegh, Waldemar Dalenogare Neto, Zelito Viana.
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