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Ameaça no Ar é um bom passatempo e nada mais

Por incrível que possa parecer, Ameaça no Ar é somente o 6º filme em que Mel Gibson trabalha na direção de um longa-metragem. Na minha cabeça, teria muito mais que isso. Nessa lista, tenho que mencionar obras como Coração Valente (1995), A Paixão de Cristo (2004) e Apocalypto (2006). Todos esses é preciso destacar uma veia épica, violenta e que de alguma forma consegue mexer com o espectador. Nessa nova empreitada, o diretor não mostra nada disso, e apesar de ser um bom passatempo, esse novo longa tem toda a energia de ser esquecido em breve.

Sinopse

Em Ameaça no Ar, um piloto (Mark Wahlberg) é responsável por transportar Madolyn Harris (Michelle Dockery), uma agente do FBI que acompanha um depoente, Winston (Topher Grace), que estava foragido nas montanhas até seu julgamento. Ele é uma testemunha chave num caso contra uma família de mafiosos. À medida que atravessam o Alasca em pleno ar, a viagem se torna um pesadelo e a tensão aumenta exponencialmente quando, aparentemente, nem todos a bordo realmente são quem dizem ser.

Era para o roteiro ter se destacado

Com toda a certeza e eloquência posso dizer que esse filme é um dos piores da carreira do diretor. Ainda assim, não posso dizer que ele é simplesmente horroroso. Possui seus momentos de diversão e no geral, até diverte por tudo o que se propõe. A sinopse desse longa nos deixa confinados em um pequeno avião por 90 minutos e com apenas 3 personagens principais em tela o tempo todo. A criatividade para as situações precisava estar em alta e os diálogos deveriam ser ótimos para manter uma certa tensão e terror para o que está por vir. Não é muito o que acontece, mas o mínimo de diversão é garantida.

É preciso enrolar para manter o tempo de filme

Quem já viu o trailer desse filme, já perdeu mais da metade da diversão. Embora seja difícil mesmo esconder o plot principal dessa trama. Logo, sabemos quem é o personagem impostor e a ação não demora a acontecer, e daí vem um dos problemas de manter essa história desse confinamento: a falta do que fazer no tempo restante. Se o vilão chegasse e matasse todo mundo, o filme acabaria. Então, é preciso enrolar de uma forma que tenha um filme com um tempo acessível para que mais coisas aconteçam. Com isso, temos tempo para que quem não sabe pilotar um avião, aprenda; tempo para descobrir uma grande conspiração que está entranhada em lugares de poder; e tempo para o vilão se soltar duas vezes e tentar matá-los a todo custo. Mas o cara prefere se divertir com as presas em vez de matar logo.

Atuações duvidosas

Por mais que digam que Mark Wahlberg (Os Infiltrados) não é um bom ator, eu gosto dele. Concordo em partes com essa afirmação, mas também acho exagerada. Aqui, não dá para defender muito. Seu personagem é um clichê completo e suas linhas de fala beiram o risível. Topher Grace (Homem-Aranha 3) me irrita. Seu personagem é insuportável do início ao fim e fica difícil simplesmente ficar do lado dele em algum momento. O cara sai de insuportável para tadinho e isso foi difícil comprar. A melhor dos 3 é a atriz Michelle Dockery (Downton Abbey) que consegue manter uma seriedade a mais.

Conclusão

Ameaça no Ar é aquele clássico filme em que vamos para o cinema curtir o ar-condicionado, comer um belo balde de pipoca e degustar um grande copo de refrigerante gelado. Vai achar um pouco de diversão e quando acabar, vai se seguir sua vida nem lembrando do que acabou de ver. Tem seus méritos de passatempo e só. Embora Mel Gibson tenha suas polêmicas particulares, acho que ele faz um bom trabalho na direção, mas aqui ele estava somente no piloto automático.

Ameaça no Ar estreia nos cinemas em 23 de janeiro nos cinemas.

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