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Resenha: Raya e o Último Dragão

Raya e o Último Dragão é o mais recente longa animado produzido pela Disney. Como a maioria já sabe, eles são os responsáveis por diversos clássicos como O Rei Leão, A Pequena Sereia e A Bela e a Fera, só para citar alguns. No início do século, as animações do estúdio tiveram um declínio de qualidade e foi rapidamente subjugada pela Pixar, que também pertence a eles, mas que por causa disso acabou sendo a empresa principal no ramo da animação da empresa do Mickey. Depois de sucessos como Frozen e Moana, pode-se dizer que a Disney Animation voltou a sua velha forma e com a estreia de Raya e o Último Dragão podemos afirmar que voltaram de vez.

Sinopse: Há muito tempo, no mundo de fantasia de Kumandra, humanos e dragões viviam juntos em harmonia. Mas quando uma força maligna ameaçou a terra, os dragões se sacrificaram para salvar a humanidade. Agora, 500 anos depois, o mesmo mal voltou e cabe a uma guerreira solitária, Raya, rastrear o lendário último dragão para restaurar a terra despedaçada e seu povo dividido.”

Sem precisar enrolar muito, preciso dizer que essa animação é maravilhosa. Ouso dizer que ela é perfeita. Não vi nenhum defeito do qual mereça ser debatido. Só tenho coisas boas para falar aqui. Desde a técnica de animação que é incrível, passando pelos personagens que são extremamente carismáticos, uma história envolvente e com um clímax perfeito. Uma verdadeira aula de como um filme deve ser feito. Ainda estamos no primeiro semestre do ano, mas certamente já está na minha lista de melhores.

Ele é do tipo família e consegue te entreter em todos os níveis possíveis. Ele tem bastante aventura, te faz rir bastante e consegue te emocionar fortemente no final. Tudo muito bem dosado sem parecer exagerado e cansativo. O tempo dele passa e você nem sente. A impressão que dá é que suas 1h 47 são passadas em apenas 20 minutos. Toda a jornada de Raya é realizada por um propósito. Nada ali é jogado e tudo é importante para a trama como um todo.

Nunca vi uma lista tão grande de personagens incríveis como em Raya. Eu sempre tenho problemas com protagonistas, mas a Raya é incrível demais e compramos sua busca rapidamente. Até a nossa antagonista, Namaari também é incrível. Ela é bem mais complexa, e apesar dela mostrar uma certa vilania, conseguimos entender o porque dela fazer isso. A questão de herói e vilão pode ser vista de várias óticas diferentes. As duas são incríveis, mas ninguém ganhou meu coração como a bebê Noi. Ela me fez chorar de rir com sua veia charlatã. Um bebê trambiqueiro, não tem como ser mais incrível que isso.

A confiança é um dos maiores temas do longa. Ele é a força motriz, ele é a tragédia e também é a salvação. Percebemos que a falta dessa virtude pode causar danos horríveis e que logo pode se transformar em uma boa de neve. Afinal, como você pode confiar plenamente em uma pessoa que fez o mal para você, que te traiu quando você estendeu o braço. O dragão Sisu, além de ser uma linda criatura com uma personalidade incrível consegue nos trazer esse assunto para pensarmos. Esse foi o segredo do passado e isso é o que vai ter que ser levado para o presente e futuro. Uma bela lição que infelizmente acho que as pessoas vão achar legal, mas que não levarão para suas vidas. Talvez as crianças sim.

Fecharei essa resenha rasgando mais seda para esse belo longa. Veja sem medo e veja de preferência com pessoas que te façam feliz. Garanto a vocês uma ótima experiência e que não terá nenhum arrependimento por ter escolhido esse filme para ver. Já ficou marcado na minha memória como uma das melhores coisas que vi nos últimos tempos. Se não tivesse sido lançada após as premiações, provavelmente teria rapado tudo por aí.

Raya e o Último Dragão se encontra no catálogo da Disney +.

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