O Homem do Saco é uma lenda urbana que me contaram quando era criança que chegou a me perturbar por um tempo. Na versão, no caso, era O Velho do Saco. Se eu não me comportasse, o velho do saco ia passar e ia me levar embora. Isso impacta demais uma criança. Esse novo longa explicita que quase todas as culturas tem uma versão dessa criatura. A diferença é que aqui, ele não vai atrás das crianças que se comportam mal, mas sim atrás de crianças que são felizes e que prospectam ter um bom futuro. A sinopse é bem ok, mas será que temos um bom filme de terror? Confira a seguir.
Sinopse
Uma família se vê envolvida em um pesadelo enquanto é caçada por uma criatura mítica e maligna. Durante séculos e em todas as culturas, os pais alertaram os seus filhos sobre o lendário Homem do Saco, que rapta crianças inocentes para nunca mais serem vistas. Patrick McKee (Sam Claflin) escapou por pouco quando menino, o que o deixou com cicatrizes ao longo de sua vida adulta. Agora, o pesadelo da infância de Patrick voltou, ameaçando a segurança de sua esposa Karina (Antonia Thomas) e de seu filho Jake (Caréll Vincent Rhoden).
Terror para se ver com a família
Esse é o tipo de terror que você pode ver em família. Verdade seja dita, quando escolhem ir por esse lado, o produto nunca sai como um terror da melhor qualidade. Ele é bem suave. Nem possui tantos jumpscares, que é algo bem característico de produções do tipo. Ele vai muito pelo lado do suspense e consegue ter algumas cenas de tensão que te deixam um pouco nervoso, mas é bem pouco para o que se espera de algo do gênero. Ele cria expectativa, mas não cria nenhum medo real no espectador. Muito se espera e pouco acontece. Isso pode frustrar demais os fãs do gênero e deixar muito feliz as pessoas que possuem fobia pelo terror.
O roteiro peca em várias questões
O roteiro peca diversas vezes. Nosso protagonista é uma pessoa visivelmente atormentada por um projeto que ele começou e fracassou. É mostrado na tela e simplesmente esquecido depois. Quando esse tipo de coisa acontece, imaginamos que isso será de serventia na parte final para derrotar o grande vilão da história. Não, serviu apenas para plantar uma sementinha que seria o grande plot twist do final. Só que não sei se a intenção era ter um final genial mesmo, pois saquei as intenções da criatura desde o seu primeiro momento. Isso é uma dúvida real: era para estar na cara mesmo ou era para ser a grande surpresa do longa? Talvez eu nunca saiba. Depois que acontecem várias coisas sinistras, como esse casal consegue deixar a criança sozinha? Não dá.
A criatura e seu “saco”
A criatura não é tão bizarra quanto poderia ser. Possui seus bons momentos, é bizarro, mas está bem abaixo de outras várias que já vimos por aí. Parece somente um homem de capuz e com movimentos bizarros como se os ossos não fossem quebráveis. O grande lance é justamente o saco, no caso, uma bolsa com um zíper enorme. O barulho de abrir e fechar esse zíper dá um calafrio diferente e o tom sobrenatural surge de forma boa e de certa forma angustiante. Se tivessem explorado mais essa característica da bolsa, poderia ter sido melhor também.
Conclusão
O Homem do Saco não chega a ser a pior coisa do mundo que verá hoje. Ele tem seus momentos, mas não é nada do que esperamos de algo do gênero. O seu lore e regras são bem explorados e deixa um gancho gigante para uma continuação. Eu mesmo, na hora, criei uma ótima história para essa segunda parte. Engraçado ficar muito empolgado por algo que talvez nunca tenhamos. Por ser um longa barato, acredito que tenha essa sequência. Só espero que tenha um roteiro mais trabalhado do que esse.