O Dia da Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto na América Latina e Caribe, celebrado no dia 28 de setembro, será marcado, este ano pela sessão de curtas do 11º Festival de Finos Filmes, seguida de um importante debate: “Mulheres Comuns, o Aborto em Pauta“.
O bate-papo conta com a participação da vereadora da cidade de São Paulo, psicóloga do SUS e educadora popular, Luana Alves, ao lado da primeira advogada mulher latino-americana a ingressar em uma Suprema Corte solicitando autorização para fazer um aborto fora dos permissivos legais, Rebeca Mendes, sob mediação da documentarista Paula Saccheta. A. sessão acontece no Cine Clube Cortina, no próprio dia 28, às 17h.
O Dia da Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto é celebrado nas ruas desde 1990, quando a data foi instaurada no 5º Encontro Feminista Latino-Americano, na Argentina. Em 2024, as ações acontecem em um momento em que o tema está em evidência no debate político brasileiro devido ao projeto conhecido como “PL da Gravidez Infantil”.
O documento, proposto pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e assinado por outros 31 parlamentares, propõe a criminalização do aborto após 22 semanas de gestação, equiparando o procedimento ao crime de homicídio. A pena para quem retirar o feto passaria a ser de até 20 anos de prisão.
Os curtas que serão apresentados:
UMA MULHER COMUM
(Direção – Debora Diniz – 20′ – Brasil) – O que de um lado da fronteira é permitido, do outro pode levar à prisão. Scarleth é brasileira, casada e mãe de três filhos. Acompanhada da mãe, viaja à Argentina para um aborto legal e seguro. As duas mulheres se deparam com a coragem de gerações de argentinas em defesa da democracia e da vida.
MIÇANGAS
(Direção – Emanuel Lavor e Rafaela Camelo, 19′- Brasil) – Em uma casa isolada no coração do cerrado, duas irmãs preparam um aborto sem se darem conta de que há uma serpente ali dentro.
O MAR TAMBÉM É SEU
(Direção – Michelle Coelho, 20 – Cuba Brasil’) – Em uma noite, uma mulher é convocada a naufragar nas memórias de um passado através de um sonho. Na ilha, onde existem mulheres que criam fissuras por onde entra a luz, uma a uma é lembrada que o mar também é seu.
Os ingressos já disponíveis custam R$ 20. Toda a renda arrecadada será revertida para o Projeto Vivas, organização sem fins lucrativos, fundada por Rebeca Mendes, em parceria com Anis e Débora Diniz. Informações www.finosfilmes.com.br ou sympla.com/ cineclubecortina.
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