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Crítica Velozes e Furiosos

Crítica – Velozes e Furiosos 9: Um filme para quem já é fã

Velozes e Furiosos 9 foi um dos filmes mais prejudicados pela pandemia de COVID-19. Ele estrearia no final de abril de 2020 e só pôde ver a luz do dia em junho de 2021. Demorou, mas veio. Nunca escondi que sou um grande fã da franquia, mas diferente da maioria das pessoas, passei a gostar mesmo a partir do 4º título. Realmente me apaixonei pela ação desenfreada e só foi ficando melhor conforme o tempo foi passando. Infelizmente, devo dizer que embora esse novo capítulo tenha bons momentos, posso considerá-lo o pior de todos.

Sinopse: Dominic Toretto e Letty vivem uma vida pacata ao lado do filho. Mas eles logo são ameaçados pelo passado de Dom: seu irmão desaparecido Jakob, que retorna e está trabalhando ao lado de Cipher. Cabe a Dom reunir a equipe novamente para enfrentá-los.”

Um dos grandes lemas que Dominic Toretto, personagem vivido por Vin Diesel (Triplo X), preza é o de sempre proteger a família. Ela sempre vem em primeiro lugar. Levando isso em conta, como é que de repente aparece um irmão mais novo que ninguém ouviu falar em 8 filmes anteriores da franquia? Ainda mais ele sendo quem é, pois no mundo onde eles vivem, já deveria ter trombado com ele faz tempo. Até tem uma explicação aceitável, mas não aceito isso completamente.

No mesmo caminho também temos a volta do Han, vivido por Sung Kang (Alvo Duplo). A morte dele foi mostrada em dois filmes diferentes e buuummm… ele também está aqui. Outra explicação plausível, mas que não dá pra aceitar por completo. Isso são exemplos que começam a mostrar que a franquia está perdendo o fôlego e que tá precisando descansar um pouco. Nem vou entrar muito no mérito do roteiro que tem passagens dignas de um iniciante na profissão, vide o diálogo sobre Star Wars.

Considero Juntin Lin, um ótimo diretor. Ainda jovem e bastante promissor. Já dirigiu 4 filmes da franquia (Desafio em Tóquio, Velozes 4, Operação Rio e Velozes 6) e em todos eles a ação foi incrível se tornando essa uma marca registrada. A ação maluca ainda permeia por aqui e muito. O grande problema é que as cenas não fazem muito sentido. A física simplesmente não existe e temos que aceitar sem reclamar que depois de um carro capotar 10 vezes ninguém sai nem com um mísero arranhão (literalmente). O que dizer do carro que pega um cipó e o carro que vai pro espaço. “O que? Carro no espaço?”, sim, tem. Ainda por cima tem uns erros de continuidade gritantes.

Apesar de tudo isso, ele ainda é um longa com coisas boas. Mentiroso até a alma, mas divertido. A galhofa tomou ares o suficiente para dar a volta e tornar tudo muito melhor do que é. Eu realmente compro a amizades desse grupo e acho bonito e empolgante vê-los juntos. Incrível também como o Paul Walker faz falta a franquia. Eles o mantém na história, mas dói não vê-lo mais. Ele era o equilíbrio perfeito com o Vin Diesel. Por falar nisso, é duro olhar as caras canastronas do protagonista.

Recomento basicamente Velozes e Furiosos 9 para quem já é fã da franquia. Já sabe como as coisas funcionam e já sabe o que esperar. Mesmo que ache os defeitos que eu achei, conseguirá esquecer e se divertir plenamente. Se não gosta da franquia, não preciso dizer que não é para perder o tempo. Depois do espaço, fico curioso com o que farão nos próximos. Foi dito que terão apenas mais dois longas da franquia principal, o 10 e o 11 e serão filmados juntos. Além disso, derivados também estão sendo desenvolvidos, assim como uma segunda parte de Hobbs e Shaw. Uma cena pós crédito também pode ser vista aqui e nos dá uma direção para o que vai acontecer a seguir.

Velozes e Furiosos 9 se encontra em cartaz nos cinemas e para aluguel na Apple TV e no Google Play por 49,90.

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