“O Brutalista”, sendo “The Brutalist” no título original, é um longa-metragem distribuído pela Universal Pictures e produzido pela Proton Cinema. A direção conta com Brady Cobet, e roteiro com ele junto a Mona Fastvold.
O filme apresenta o contexto histórico um pouco após a 2ª Guerra Mundial, e consequências sociais causadas pela guerra. A história pode dar a entender como se a guerra ainda estivesse acontecendo, mas são apenas resultados e influências dos conflitos.
Concorreu aos prêmios no Oscar 2025 de “Melhor Filme”, “Melhor Direção”, “Melhor Ator Principal” (sendo vencedor), “Melhor Ator Coadjuvante”, “Melhor Atriz Coajudvante”, “Melhor Roteiro Original”, “Melhor Trilha Sonora” (sendo vencedor), “Melhor Fotografia” (sendo vencedor), “Melhor Design de Produção” e “Melhor Edição”. Total de 10 indicações e 3 prêmios recebidos.
SINOPSE
László Toth (Andrien Brody) é um talentoso arquiteto judeu da Hungria. Devido ao contexto, em 1947, Toth foge da Europa ainda devastada pela guerra em busca de um novo começo nos Estados Unidos da América. Mesmo tendo inúmeros problemas como preconceito e drogas, Toth luta pela nova grandiosíssima oportunidade que lhe foi oferecida, enquanto espera sua esposa, Erzsébet (Felicity Jones), vir da Europa.
IMPRESSÕES
Desde o início o filme foca em sentimentos e questões negativas, como dúvida e solidão/abandono. É um filme pesado nessa questão, e algumas cenas podem ser impactantes demais, até mesmo gatilhos ruins ou péssimos, para alguns espectadores. Mesmo assim, é excelente toda a dramática do enredo somada às fortes interpretações tanto de Andrien Brody – vencedor do Oscar 2025 de melhor ator principal – quanto de Guy Pearce, Felicity Jones e os outros membros do elenco.

É impressionante como uma trilha sonora pode fazer diferença, mais ainda nesse tipo de filme. A combinação simples, porém perfeita, das músicas e efeitos sonoros cria a evolui mais ainda o clima tenso do filme com o decorrer do tempo. Em momentos alegres, a trilha também dá uma boa aliviada, querendo manter o espectador ainda engajado no filme, já que a totalidade do longa é triste e até nojenta. Não à toa, o filme também venceu o Oscar 2025 de melhor trilha sonora.
A fotografia do filme também é um dos pontos altos. Por vezes é mesclada às interpretações e/ou às trilhas sonoras, o que causa uma combinação artística incrível. É muito satisfatório notar que tiveram o capricho de usar mais a fotografia como uma soma final, um toque especialíssimo, para que tudo no filme ficasse ainda mais dramático e sentimental. Por conta da fotografia, a transmissão das cenas é uma verdadeira obra de arte.
CONCLUSÃO E CURIOSIDADES
Mesmo com tanta qualidade cinematográfica, mesmo sendo um filme “7ª Arte”, “Cinema Absoluto”, ele apresenta umas decisões estranhas, a obra fica mais carregada e pesada do que deveria/seria. Tal experiência artística talvez não deva ser para qualquer pessoa, pois ainda que possua fotografia belíssima, a combinação no todo do filme é algo muito incômodo e triste.
Os prêmios recebidos são, sinceramente, mais do que merecidos, tanto no Oscar 2025 quantos em premiações anteriores. A mesma combinação que faz o filme ser pesado, também o faz ser uma obra amada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelas premiações do Oscar.
Um adendo interessante é que, na vida real, László Fejes Tóth foi um matemático especializado em geometria. Mesmo não sendo judeu ou tendo qualquer ligação, ele também era húngaro e, em 2005, morreu na cidade de Budapeste, a capital do país. Ele nasceu em 1915, o que aparentemente seria uma idade próxima, senão a mesma, ao personagem do filme. Diferente do filme, o real Tóth seguiu uma vida acadêmica, mesmo em período durante e pós 2ª Guerra Mundial. Fica o questionamento se o personagem para o filme teve a pessoa real como alguma base para algo.
Esforcei-me ao máximo para não dar spoiler, considere assistir, mas lembre que é pesado. Deve ficar por mais um tempo nos cinemas por ter tido tantas indicações e prêmios.
Nota: 7,8/10