Eu vejo esses filmes da Marvel lançados pela Sony e acho que é tudo uma grande piada de mal gosto. Como eles possuem os direitos dos personagens incluídos no universo do Homem-Aranha, acharam que poderiam fazer qualquer coisa. Pegaram seus vilões e os transformaram em protagonistas. Já temos Venom (2018), Venom: Tempo de Carnificina (2021), Morbius (2022) e Madame Teia (2024). Todos meramente caça-níqueis e com histórias de medianas para baixo. Venom: A Última Rodada chega para, teoricamente, terminar essa trilogia, e a qualidade continua igual aos anteriores. Pelo menos ainda mantém a coerência em relação a isso.
Sinopse
Knull, um ser poderosíssimo do universo, é o grande criador dos simbiontes, mas foi aprisionado por suas criações e quer escapar urgentemente de suas amarras. Para isso, precisa de um códex que só é criado com um laço forte entre um simbionte e a criatura em que ela esteja. Não por acaso, essa busca leva ao nosso querido Eddie Brock (Tom Hardy) e a Venom. Agora, eles precisam encarar sua última aventura um do lado do outro para salvar o nosso planeta e o universo.
O longa é ruim
Preciso começar tirando o elefante branco da sala. Esse longa é ruim. Não que eu tenha gostado dos seus anteriores, mas esse me pareceu no mesmo nível ou pior. O roteiro é fraquíssimo com linhas de diálogos bobas e com problemas e soluções tiradas do nada. Também são incluídos personagens que não servem para absolutamente nada. Somente para uma possível especulação ou para dizer que o personagem tal está na trama. Tudo muito fraco. Nota-se também uma certa falta de dinheiro na produção, mas não vou considerar isso como uma desculpa para o nível baixo da produção.
Mesmo assim pode divertir
Sabendo que ele é ruim e que tem problemas, aí sim é hora de virar a chave e aceitar toda a galhofa que ele te dá. Notoriamente, não se leva a sério em nenhum momento e o que nos resta é aceitar a proposta que estão nos dando e embarcar nessa loucura. Todos aqueles momentos vergonha alheia dos longas anteriores estão aqui e, por incrível que pareça, são eles que dão um toque a mais. Posso dizer que é tão ruim, que consegue dar uma volta de 180 graus e nos fazer rir com absurdos em tela. É muito ruim, porém consegue divertir o menos ranzinza.
A grande ameaça não vem
Em contraponto a essa brincadeira toda, temos um vilão que promete ser realmente terrível, mas isso fica somente no imaginário. Nossos heróis até enfrentam criaturas perigosas e assustadoras pelo caminho, mas a grande ameaça vai ficar devendo. Não sei se a ideia deles é criar um novo grande vilão para esse novo universo, mas já me cheira um pouco mal feita. Não temos um clímax, não temos a grande ameaça que botará tudo a perder. O seu final tenta ter uma carga emocional e mesmo assim não consegue. Eu que sou uma manteiga derretida, tive apenas uma cara de desdém. Disseram que esse é o último do Venom. DUVIDO. Pode esperar algum anúncio grande por aí.
Conclusão
Apesar de não ter sido do meu agrado, tenho certeza que ele será um sucesso no cinema. Venom: A Última Rodada tem uma narrativa fácil e que permite que as pessoas conversem e fiquem no celular sem perder algo importante do que está vendo. A Sony me parece visar mais o dinheiro do que a qualidade em si. Se levarmos isso em conta, estão mais do que certo. O chamado filme de engravatado (produzidos pelos acionistas da empresa que não entendem nada do produto) tem em seu maior exemplo essa trilogia do Venom. Vai divertir o público médio mesmo sendo ruim.
Venom: A Última Rodada estreia nos cinemas em 24 de outubro.