Depois de vários filmes live-action, a Paramount decidiu levar Transformers para o básico da franquia. Voltaram com a animação e resolveram contar a história de origem de uma das maiores rivalidades que temos conhecimento na cultura pop: os Autobots e os Decepticons. Transformers: O Início chega para nos contar como Optimus Prime e Megatron se tornaram no que conhecemos hoje. O resultado da volta as origens funciona e nos dá uma aventura muito melhor e mais emocionante do que estávamos vendo por aí com os longas dos robôs que se transformam.
Sinopse
Orion Pax e D-16 são dois robôs mineradores que se tornaram melhores amigos para a vida. Um sempre defende o outro e topam qualquer coisa juntos. Quando descobrem que foram enganados a vida toda por seus líderes, resolvem criar uma revolução para que as coisas se tornem justas para todos. O problema é que essa amizade ficará balançada por que cada um dos dois seguirá um caminho diferente para alcançar a justiça. Novos tempos surgirão em Cybertron e com eles, uma nova guerra implodirá.
Uma bela nostalgia
Esse longa me lembrou um pouco de minha infância. Eu era criança e via o desenho animado de Transformers e adorava. O formato de animação ajudou nessa veia nostálgica e rapidamente tornou tudo em tela bem atrativo. A técnica é boa e deixa tudo muito mais bonito. A história é aprazível e vai crescendo de uma forma que não esperamos. Lembrando também que ele consegue juntar de uma forma bem interessante todo o lore que já conhecemos da franquia por aí. Alguns detalhes foram atualizados para ter uma história interessante com um viés mais emocionante.
Facilitações do roteiro
Embora o roteiro consiga ligar muitas coisas e fazer uma boa conexão de nossos personagens conhecidos para o que conhecemos hoje, ele também falha em outras. A facilitação dada para que nossos heróis embarquem nessa aventura é ridícula demais. O acaso nunca é tão grande e vou dizer que esse foi o seu único problema. As coisas poderiam ser feitas de uma forma diferente, mais crível e que levasse eles em uma jornada épica. Posso passar um pano nesse detalhe facilmente e deixar para lá, mas me incomodou um pouco. Mesmo que o público-alvo não ligue para isso.
O fim da amizade e o início de uma rivalidade
Um dos pontos fortes de Transformers: O Início é a história de amizade entre nossos dois protagonistas. Ela tem pontos de uma tragédia grega e chega a ser dolorido ver como dois melhores amigos acabam como inimigos mortais. Essa condução é lenta e vai acontecendo aos poucos. Um dos grandes pontos da obra é quando essa amizade termina de vez e quando isso acontece, vem de um modo bem dramático. Em seguida temos um dos melhores momentos, daqueles que dá vontade de gritar de felicidade pelo o que está vendo em tela. Já no seu clímax vemos Orion Pax e D-16 como deveríamos conhecer e de certa forma nos dá um pesar gigante.
Conclusão
Acho que trazer a franquia de volta para a animação e resolver contar o início de tudo foi um belo acerto. Confesso que estava cansado da grandiloquência dos live-action e uma mudança desse formato acabou sendo muito bem-vinda. Além disso, ele consegue ser uma obra para os fãs grandinhos da franquia e, também, para um público mais jovem. Possui momentos infantis e engraçados que vão agradar a todos. Também vai vender bonecos feitos pela Hasbro de uma forma bem fácil. Com isso, todo mundo sai feliz.
Transformers: O Início estreia nos cinemas em 26 de setembro.