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Crítica: ‘Transformers: O Despertar das Feras’, é mais do mesmo

Infelizmente, Transformers é uma franquia que eu já larguei de mão. Gosto demais do primeiro lançado em 2007, e tudo o que se sucedeu depois disso para mim foi um fiasco. Uma megalomania tomou conta de suas continuações até chegar a um ponto em que eu não conseguia suportar mais. Todos eles até possuem momentos bons, mas no geral, são apenas cansativos. A única exceção a essa regra foi o Bumblebee de 2018, que conseguiu baixar a bola e fazer um filme mais intimista e mais aventureiro raiz, que remete bastante ao primeiro da saga. ‘Transformers: O Despertar das Feras’ tenta trazer esse espírito de volta, mas ele é só um grande amontoado de clichê.

Sinopse

Noah Diaz (Anthony Ramos) é um ex-soldado especialista em tecnologia que busca um emprego para poder ajudar sua mãe e seu irmão pequeno que sofre de uma doença que custa muito dinheiro pelos seus cuidados. Ele tenta por meios legais, mas não consegue e resolve ir para a margem da lei. Seu primeiro “trabalho” seria roubar um carro. O escolhido é um Porsche, que é nada mais nada menos que um Autobot chamado Miragem. Sem perceber, ele se mete em uma trama milenar que pode destruir a Terra. Agora, ele terá que se aliar aos Autobots para salvar sua família e todo o planeta Terra.

Reboot ou um prequel que ignora os filmes anteriores da saga?

Esse filme se passa em 1994, cronologicamente ele vem após ‘Bumblebee’ (2018). Isso já me fez pensar que a produção resolveu mesmo rebootar a franquia, pois tudo o que acontece aqui, ignora fatos importantes do que acontece no futuro da franquia (de 2007 até os dias de hoje). Se no longa original tivemos a impressão de que nunca teve um contato entre Autobots e humanos, aqui isso é completamente jogado de lado. Outro detalhe é que o grande vilão deste longa é um ser maior que o nosso planeta e o mundo inteiro presenciou tal força. Não é possível que ninguém se lembre disso. Reboot ou ignorada das brabas nos filmes que se passam nos tempos mais atuais?

Um show de clichê

O que vou dizer vai parecer muito pedante, mas parece que ele foi escrito por uma criança cheia de boas intenções. É como se tivesse visto algo do tipo pela primeira vez e começa a se deslumbrar com algo e resolve criar frases e cenas épicas somente tomando por base o que já viu por aí. A história é básica com heróis atrás de um objeto que pode salvar ou destruir o mundo. Vilões malvados que começam invencíveis e conforme vai passando a projeção, vão se enfraquecendo pelo poder do roteirista. E coitado do Optimus Prime (Peter Cullen), é o nosso herói que não consegue proferir uma frase sem ser clichê. Tive pena e uma dose de vergonha entre os envolvidos.

Maximals

A origem dos Maximals é de uma série animada chamada ‘Beast Wars: Guerreiros Virtuais’ que durou de 1996 até 1999. Eu adorava e acompanhei ela toda. Depois de tudo que é robô nessa série de filmes, é a vez deles estrearem. Foi muito legal vê-los ali e tal, mas para que? Cheetor e Rhino mal falam, Optimus Primal e a robô-águia lá (não lembro o nome) até possuem um background maior, mas a verdade é que se eles não tivessem no roteiro, a história poderia ter corrido do mesmo jeito. A Hasbro quer vender boneco, por isso a inclusão de mais robôs legais. O problema é que a história é deixada de lado nisso.

O finalzinho

Olha, esse parágrafo será sucinto. O que a Hasbro + Paramount estão planejando para esse futuro da franquia? Sua última cena promete unir Transformers com outra franquia do cinema. Me forçou a soltar um sonoro “AH NÃO”, dentro do cinema. A verdade é que embora pareça loucura, até que faz um certo sentindo, porém, isso se chama desespero, ao meu ver.

Conclusão

Por mais que em ‘Transformers: O Despertar das Feras’ tenha um ser quase divino vindo destruir a Terra, ele é um filme mais contido que os anteriores. Sua ação é menor, deixando-o menos cansativo e aturável até o seu final. O excesso de clichê prejudica e a falta de uma história mais original também o piora. A franquia capenga e prevejo uma bilheteria baixa. Mas quem sabe, ele consiga conversar com o público certo, do qual infelizmente, não faço mais parte. Eu esperava algo bom, pois adoro o Anthony Ramos (Em um Bairro de Nova York), mas não consigo vislumbrá-lo como o ator humano que irá carregar a franquia nas costas.

‘Transformers: O Despertar das Feras’ estreia nos cinemas em 08 de junho.

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