Não há dúvidas de que Cleópatra é uma das figuras mais marcantes na história da humanidade. Sua popularidade se alcançou também devido a filmes, séries, livros e até games. Muito sobre ela foi destruído após Roma conquistar o Egito em 30 A.C. Mas porque ela é tão fascinante e porque somos atraídos para saber mais da história da última faraó do Egito antigo? ‘Rainha Cleópatra’ é um docudrama que ajuda a clarear as ideias de quem foi de verdade a poderosa Cleópatra VII.
Sinopse
Esse documentário visa mostrar um lado com mais realismo histórico de uma das mulheres mais famosas e mais poderosas da história, fugindo assim, um pouco do que Hollywood nos mostrou até hoje. A minissérie em 04 episódios nos mostra como a última Faraó do Egito construiu um reinado próspero que ficou marcado na história. Através de especialistas e através de reconstituições cênicas entendemos como o seu legado permanece vivo até os dias de hoje.
Cleópatra era negra?
Além de narrar, Jada Pinkett Smith (Matrix Reloaded), também é uma das produtoras dessa minissérie. Logo em seu início, já é estabelecido entre os especialistas de que Cleópatra era negra. Isso já vai de contra tudo o que aprendemos por aí, principalmente quando lembramos de suas versões no cinema. Me deixou curioso o modo enfático que corroboram esse fato, pois Cleópatra era da dinastia ptolemaica, de onde possui raízes helenísticas, ou seja, os gregos. Dei uma certa pesquisada e li alguns artigos que dizem que seria meio impossível precisar sua cor de pele. Devido as inúmeras etnias que englobavam o Egito na época, fica difícil ter essa certeza. Porém, embarcamos na verdade desse documentário e abraçamos esse fato. Para alguns, essa informação pode parecer apenas um detalhe, mas ele dá uma força a mais nas batalhas que são travadas até hoje.
Informações não exatamente precisas
Apesar de ter muito material sobre a dinastia ptolomaica, pouco se sabe de verdade sobre a Rainha Cleópatra. Muito material foi perdido após a conquista de Roma sobre o Egito e muita coisa que sabemos foi contada pelos vitoriosos, no caso, Roma. O problema disso é que quando os historiadores são entrevistados, eles não apenas dizem fatos, mas também comentam emoções em que ela estaria na época. Ela estava nervosa, estava amando, estava aborrecida.
Docudrama
Esse lado de descrever emoções é para favorecer especificamente o motivo de termos encenações de como tudo o ocorreu. Embora eles ajudem bastante a entender todos os momentos históricos da época, a dramatização junto com a direção de arte deixa tudo com um tom bem amador e mal feito por algumas vezes. Algumas atuações péssimas também contribuem para esse pensamento. A única pessoa que se salva nisso tudo é a própria Cleópatra, vivida por Adele James (Casualty), que parece se esforçar mais do que os demais.
Roma e Egito
Muito se diz que ela foi uma das maiores regentes que o Egito já teve, e segundo esse documentário, foi mesmo. Porém, toda a sua força e ganância, levou tudo o que prosperou a zero. O Egito era a única nação que poderia se equivaler com Roma na época. Ela foi esperta, inteligente, conseguiu conspirar a seu favor em diversos momentos, porém, quem muito quer, nada tem. Ela foi próspera, mas sua ganância aliada ao amor e o sentimento de invencibilidade, botou tudo a perder e viu seu fim se aproximando cada vez mais. Irônico saber que a maior de todas, foi justamente quem levou ao fim uma das maiores dinastias que o mundo já viu.
Conclusão
Apesar de seus problemas de produção, acredito que ainda sim, seja proveitoso assistir esse documentário. Não consigo precisar se o que é dito aqui é verdade ou não, mas aceitei tudo de coração aberto. A cada ano que passa, mais as produções buscam um realismo histórico maior. Diferente de um romance em que certas coisas podem ser adaptadas, os fatos devem prevalecer em um documentário e é com esses fatos que prefiro seguir minha vida. Até vir alguém que faça algo diferente ou mais completo sobre o assunto.
‘Rainha Cleópatra’ se encontra no catálogo da Netflix.
