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Crítica: Partiu América, não é bom, mas diverte mesmo assim

Eu desconhecia da carreira de Matheus Ceará até aqui. Não lembro de ter visto nada com ele, se vi, foi rápido e não memorável. Em uma pesquisa rápida, vejo que ele faz parte do elenco da Praça É Nossa (programa do SBT) há 12 anos. Faz bastante tempo realmente que não vejo esse programa mesmo. Dito isso, fico feliz de tê-lo conhecido mesmo que tardiamente, pois achei ele bom demais. Partiu América é um besteirol que se carrega pelas boas e precisas piadas, mas que não chega a ser uma obra indispensável.

Sinopse

Matheus (Matheus Ceará) é dono de um parque de diversão de sua região que possui somente um brinquedo, o Minhocão. Ele tem como sonho conhecer os grandes parques de diversão norte-americanos. Casado com Maria Caranguejo (Priscila Fantin) e com dois filhos que refletem todo o seu amor pelo país da América do Norte, Flórida (Luara Fonseca) e Stevenpilbi (Gabriel Palhares), eles agora terão a oportunidade para a viagem de suas vidas. O problema é que nada vai sair como o esperado.

O amor pelos Estados Unidos

Na primeira cena do filme já entendemos o quanto essa família ama os Estados Unidos. A casa tem as pinturas da bandeira, a festa que estão dando possuem comidas e bebidas conhecidas por lá, e esse fato se edifica completamente quando conhecemos os nomes dos filhos. Já passei dessa época, mas quando criança eu também tinha uma certa fascinação por esse país e realmente tinha a impressão de que era o lugar perfeito para se morar. Ainda mais quando contemplava a magia dos parques de diversão. Qual criança nunca desejou ir para lá? Nunca fui.

Parceria Brasil e Estados Unidos

Engraçado como em pouco tempo esse é mais um filme brasileiro que tenta mostrar toda a beleza e diversão desses parques. Se bobear, existe algum acordo entre Brasil e Estados Unidos para que exista esse tipo de propaganda. Talvez com um financiamento. Curioso notar também que todas as cenas dos atores nos parques parecem ter sido filmadas sem algum tipo de roteiro, pois eles parecem estar muito livres e as sinceras risadas deles nos brinquedos são notáveis.

Comédia boba, mas divertida

A comédia desse longa é muito boba, mas consegue divertir os menos rigorosos. Não há dúvida de que o humor nordestino tem um charme a mais. Ainda mais quando eles começam a falar umas gírias que torna impossível não soltar um sorriso de canto de boca. As piadas são que carregam essa história nas costas. Ele é completamente inverossímil, mas tudo bem, estamos falando de uma comédia que extrapola os limites do real. Algo parecido com o que os desenhos animados fazem. Passam desse limite para enaltecer a piada.

Não há luga melhor do que nosso lar

Se nós reclamamos que os gringos não sabem nos retratar como deveriam, aqui fazemos o mesmo com eles. O clichê mexicano e norte-americano estão na tela e nos fazem rir pelo estigma que temos deles. No caminho, ainda temos uma certa lição de moral que chega a conclusão de que não há lugar melhor do que nosso lar. Parafraseando Matheus no filme: “Os Estados Unidos é bom, mas é complicado. O Brasil é complicado, mas é bom”. Simples palavras que fazem muito sentido. É bom conhecer novos lugares, novas culturas, mas nada será melhor do que o lugar onde nascemos e vivemos.

Conclusão

Partiu América está longe ser uma ótima comédia daquelas que recomendaria para todo mundo, porém tem seus pontos positivos que vão fazer o expectador casual se divertir. Possui bons momentos e o carisma da família é maior do que qualquer problema que a história ou roteiro venham a oferecer. Todos estão muito bem e cada um tem seu momento de brilhar, mas lógico, que o destaque maior fica para Matheus Ceará que consegue fazer ótimas tiradas e nos consegue tirar alguns sorrisos sinceros.

Partiu América está disponível no catálogo da Netflix.

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