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Crítica: ‘Matador de Aluguel’, tenta trazer o cinema brucutu de volta

O filme original de ‘Matador de Aluguel’ data de 1989 e lembro bem pouco dele. Por algum motivo lembro do seu final quando o personagem vivido por Patrick Swayze arranca a garganta do grande vilão com a mão. Pelo menos é isso que minha memória tem de registro, nem sei se isso realmente está no filme. Fato é que essa obra é um clássico dos brucutus da época. Ele ainda possui uma continuação chamada ‘Matador de Aluguel 2’ (2006), que não conta mais com Swayze no papel principal, que saiu direto para DVD. Baixo orçamento e elenco duvidoso. Agora em 2024, temos uma nova versão que promete recontar essa história com base nos dias de hoje.

Sinopse

Dalton (Jake Gyllenhaal) é um ex-lutador de UFC que teve sua carreira manchada pela brutalidade de suas lutas. Tentando sempre controlar o seu lado bestial e caído no ostracismo, vai de lugar em lugar tentando ganhar um pouco de dinheiro. Uma nova proposta tentadora o faz ser o segurança de um bar na ensolarada Florida Keys. Apesar do lugar ser charmoso, bonito e ter ótimas atrações musicais, ele também atrai um monte de arruaceiros que só vão para causar problemas. Agora, Dalton precisará colocar ordem na casa ao mesmo tempo em que mexe nos negócios de pessoas mais perigosas.

Um filme à moda antiga

O longa até pode se passar nos dias de hoje, mas todo aquele clima de filmes de anos 80 e 90 estão enraizados na trama. Posso ir até mais longe e compará-lo com aqueles faroestes mais antigos, onde o homem sem passado e cheio de culpa vira o grande benfeitor dos fracos e inocentes em um local onde somente a corrupção e o medo possuem forma. Apesar de clichê e saber de antemão tudo o que vai acontecer, essa obra me agradou bastante.

Um tom mais humorístico

O longa é brega e beira a canastrice em muitos momentos, mas isso acaba divertindo. Acredite se quiser. Os vilões são maléficos, mas todos eles beiram a comédia. Por falar nisso, isso é algo a se destacar. Na versão original, tudo era muito sério. Aqui, as coisas são sérias também, porém, uma veia humorística é vista. Tanto no nosso protagonista, quanto nos grandes vilões. Principalmente quando Conor McGregor (lutador de UFC em sua primeira aparição no cinema) entra em cena. Quem conhece ele da vida real sabe o quanto ele é um fanfarrão e sabendo disso, dá para notarmos muito de sua personalidade real em seu personagem. Imagino que gravar com ele deva ter sido muito complicado, porque ele é um maluco daqueles. Só não posso negar a ótima escolha dele para esse papel.

Boas cenas de ação

Outro destaque que atribuo a esse longa são as cenas de ação. Nada que não tenhamos visto melhor ultimamente, mas elas têm um quê de curiosidade. Não sei se conseguirei explicar com exatidão, mas vou tentar. Parecem ser lutas em planos sequências, mas não são. Um corte é notado, mas a novidade é que a câmera acompanha os movimentos como se ela estivesse se movendo o tempo todo e se posicionando conforme os atores vão se mexendo., quase colada ao corpo deles. Definitivamente essa não foi a melhor descrição do que vi, mas tentem imaginar o que isso significa.

Conclusão

‘Matador de Aluguel’ é um filme perfeito para assistir sem esperar por nada. Um ótimo passatempo que possui boas cenas de luta, um humor ácido e inesperado, e uma atuação no limite do aceitável de Jake Gyllenhaal (Os Suspeitos). Ele é um ótimo ator, faz muito bem o papel do herói manchado com tiradas boas, mas beira forte uma atuação bem canastrona. Perfeito para os amantes do cinema de ação cheio de clichês que conhecemos por aí do século passado.

‘Matador de Aluguel’ está disponível na Prime Video.

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