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Crítica: ‘Imaginário – Brinquedo Diabólico’, é mais um terror clichê

O grande problema da maioria dos filmes de terror atuais é que sempre caem na mesma armadilha. Sempre recorrem a uma narrativa batida. A falta de originalidade e de uma surpresa genuína acabam deixando o gênero cansativo. Infelizmente, ‘Imaginário – Brinquedo Diabólico’ vai por esse lado. Embora tenha alguns bons momentos, na maioria do tempo é como se fosse uma repetição de algo que já vimos por aí, mas que não nos lembramos quando e aonde vimos.

Sinopse

Jessica (DeWanda Wise) é uma famosa escritora de livros infantis que vive tendo o mesmo pesadelo, de onde se originaram suas histórias. Visando parar com essa tormenta, ela e sua família se mudam de volta para a casa onde cresceu, pensando que esse lugar traria coisas boas, pois teve uma ótima infância ali. Chegando lá, sua filha mais nova, Alice (Pyper Braun), encontra um urso de pelúcia chamado Chauncey que será seu novo amigo. Aos poucos, Jessica notará que esse não é um brinquedo normal e que vai levar a sua vida e de sua família a terríveis consequências.

De mediano para baixo

O filme é dirigido por Jeff Wadlow (Verdade ou Desafio) e dando uma pesquisada podemos notar que todos os seus trabalhos nessa posição são de medianos para baixo. Talvez ainda não tenha achado um projeto bom ou apenas esse é o máximo que pode dar mesmo. Fato é que essa obra é justamente isso: um produto genérico que divertirá somente os menos exigentes. Não é de todo ruim, mas não traz absolutamente nada de novo para o gênero. Aquela revigorada básica passa longe.

Uma boa virada na história

Notoriamente inspirado em filmes como ‘Poltergeist: O Fenômeno’ (1982) e ‘A Hora do Pesadelo’ (1984), o longa tenta nos dar um suspense familiar fácil. Mesmo com um amontoado de clichês, onde sabemos exatamente tudo o que vai acontecer, ainda tem um pequeno espaço para algumas poucas surpresas boas. Justamente por uma certa virada no roteiro é que essa obra não caiu tanto em meu conceito. Embora não tenha sido a última sacada do mundo, serviu para dar um gás em uma trama que estava se arrastando e sendo óbvia demais em todos os quesitos.

Ato final ruim

O último ato nos dá um frescor por mudar um pouco de cenário, mas perde de novo a chance de ser algo maior. Vemos uma vilã se revelando para logo depois vermos um final patético para ela. Temos ainda o falso final que fica completamente nítido e uma resolução de roteiro que simplesmente esqueceu de suas próprias regras estabelecidas poucos minutos antes. Roteiro esse que é completamente forçado ao forjar situações sem parecerem nem um pouco orgânicas. Acontecem porque ele quer e pronto.

Conclusão

O chamei de filme de terror, mas acho que errei. É melhor chamá-lo, no máximo, de suspense. Afinal, não temos nenhum sangue, nenhuma morte que nos importemos e nada que nos faça sair da sala de cinema impressionados. Alguns sustinhos básicos acontecem, mas já estamos esperando, por ser um filme extremamente clichê. Vai agradar os transeuntes de shopping em busca de um passatempo e aquele casal recém formado que vai preferir ficar se beijando do que assisti-lo.

‘Imaginário – Brinquedo Diabólico’ estreia nos cinemas em 14 de março.

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