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Crítica: ‘Homens Brancos Não Sabem Enterrar’, um remake que não acrescenta nada de novo

Antes de começar a falar qualquer coisa sobre o tema desse texto, preciso fazer uma confissão vexatória de minha parte: nunca vi a versão original de 1992 de ‘Homens Brancos Não Sabem Enterrar’, dirigido e escrito por Ron Shelton (Sorte no Amor). Sempre me recomendaram esse título, pois sempre foi uma obra muito cultuada por aí, mas acabou que nunca tive o prazer de vê-la. Dei uma olhada rapidinho e não está presente em nenhum streaming para eu poder fazer essa reparação. Enquanto tento reparar o meu erro, ficamos com essa nova versão.

Sinopse

Kamal (Sinqua Walls) é um ex-astro promissor do basquete que viu sua vida ser jogada fora por não conseguir conter o seu forte temperamento. Jeremy (Jack Harlow) é um instrutor de basquete que teve sua carreira no esporte interrompida devido a várias lesões no joelho. Ao se conhecerem, os dois veem um no outro a oportunidade de ganhar dinheiro nas ruas jogando basquete desafiando jogadores de rua que os julgam medíocres.

Escolha dos atores

Fica muito difícil vir aqui e fazer comparações entre a versão de 1992 e essa recente de 2023, justamente por não ter o primeiro como base. Porém, não posso deixar passar a escolha dos atores como protagonistas. No original, tínhamos Wesley Snipes (Blade: O Caçador de Vampiros) e Woody Harrelson (Zumbilândia), os dois que possuem um carisma superior ao de muita gente. Agora, temos Sinqua Walls (15h17: Trem Para Paris) e Jack Harlow que nem mesmo é um ator, e sim um rapper e compositor. Nada contra eles em si, mas essa comparação vira covardia com os atuais protagonistas.

A história em si

Ele está bem longe de ser um tipo de filme que eu viria aqui recomendar. Ele é ruim? Não, não é, mas fica muito aquém de uma obra que se considera um remake de um clássico. Dá para assisti-lo tranquilamente, contanto que não esperemos absolutamente nada dele e isso sim, acaba pecando. A história é morna, nos são dado dilemas que parecem ser facilmente resolvidos e a emoção fica completamente de fora. Em um determinado momento chave no clímax, algo triste acontece e os atores principais sequer esboçam uma reação minimamente emocionante. Isso é transportado para fora de tela e nos deixa praticamente apáticos. Emoção zero e apatia dez. Sendo assim, fica difícil nos conectarmos com nossos protagonistas.

Trash talk

É chamado de trash talk uma forma de insulto que geralmente vemos dentro de um evento esportivo. No basquete de rua, pelo menos o norte-americano, essa prática é bem normal. Isso poderia ser um dos maiores trunfos desse longa e também não consegue chegar em um bom patamar. A prática existe aqui, porém não é tão aprofundada e com isso perdemos momentos que poderiam ser incríveis, mesmo que ainda tenhamos alguns vislumbres bons disso ao logo da projeção.

Conclusão

Se for fã do clássico, o recomendo ver, mesmo que seja apenas para falar mal. Para os demais, fica a observação de que ele não é lá grande coisa. Ainda assim, o acho bastante assistível e pode ser uma pedida para passar o tempo de ócio e tédio. Esse filme também marca um dos últimos trabalhos de Lance Reddick, conhecido pela franquia John Wick, que faleceu nesse ano de 2023. Um grande coadjuvante de ouro e que, infelizmente, não está mais entre nós.

‘Homens Brancos Não Sabem Enterrar’ se encontra no catálogo da Star+.

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