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Crítica: ‘FIVE NIGHTS AT FREDDY’S – O PESADELO SEM FIM’, nos dá um terror para adolescentes

‘Five Nights At Freddy’s’ nasceu como um jogo de horror em 2014 criado por Scott Cawthon. Desde então, já foram lançados 9 jogos que se passam principalmente na pizzaria ‘Freddy Fazbear’s Pizza’. A ideia dele é você ser contratado como um guarda noturno que toma conta da tal pizzaria. É preciso ficar checando as câmeras de vigilância, luzes e portas para se defender dos assustadores animatrônicos do lugar. Essa essência está contida em ‘Five Nights At Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim’, o problema foi que aumentaram demais o lore dos jogos. Pode até ser canônico, pois o criador também faz parte da equipe do roteiro, mas isso acabou me tirando da diversão.

Sinopse

Mike schmidt (Josh Hutcherson) é um jovem que não consegue parar em nenhum emprego, pois não consegue controlar sua fúria, graças a acontecimentos de seu passado. Em sua vida só sobrou a sua pequena irmã Abby (Piper Rubio), mas ele pode perder a guarda dela caso não se endireite. Por falta de opções, acaba aceitando o trabalho de segurança noturno de uma famosa pizzaria que fez sucesso nos anos 80, mas que hoje está em decadência. Aos poucos, irá descobrir que esse lugar não é exatamente o que parece.

Faltou medo

Pretendo ser bem claro. Não é um filme ruim, mas ficou muito aquém do que esperava. Nunca joguei os jogos da franquia, mas já vi os gameplay pela Internet. Sempre me pareceu muito divertido e assustador ter que fugir da ameaça dos famosos animatrônicos. No filme, senti que faltou esse medo, essa adrenalina a mais. Ao se focar demais em explicações de lore, muito se perdeu no quesito terror que a história propõe desde o início.

Terror adolescente

Nisso, também perdemos até mesmo no fator gore, que claramente acaba sendo um filme de terror para crianças. Temos um sustinho aqui e ali e nada de tensão. Em um determinado momento do longa, aparecem umas pessoas idiotas para morrerem de graça e sem pena. Mesmo eles merecendo não nos soa catártico e nem mesmo aproveitável. São mortes rasas que não é possível ver uma gota de sangue sequer. Um pouco frustrante para quem foi vê-lo atrás de algo um pouco mais tenebroso.

História que lembra algo de Stephen King

A história principal até chega a ser interessante e um pouco tensa, mas não era isso que fui buscar nele. O conto de terror lembra demais algo tirado de alguma obra de Stephen King: crianças, anos 80, um serial killer, um passado nebuloso e a coincidência do nosso protagonista estar envolvido com os eventos do passado. Até aí tudo bem, mas cadê o terror? Pois é, ele fica apenas entranhado nesse background que por si só já é bem bizarro.

Falta consequências

Outra coisa que me irritou foi a falta de consequências. Tudo pode ser feito que temos o respaldo do roteiro. Como uma pessoa normal vai explicar tudo o que aconteceu às autoridades? Temos corpos de pessoas, temos uma policial esfaqueada, temos uma parente morta e temos um caso de décadas pronto para ser solucionado. Mas tudo bem, vamos pra casa celebrar que somos ainda uma família. Esse ponto já pode ser implicância minha, mas não deixa de ser verdade.

Conclusão

‘Five Nights At Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim’ é um terror para adolescentes. Se for esperando algo a mais, não vai ter. Pode até gostar da trama, que para mim já é canônica, mas é só isso que terá. Certamente encontrará alguns fãs por aí, mas mesmo assim acho que ele merecia algo a mais. Se mantivesse o suspense e a tensão do jogo antes de qualquer revelação, já teria sido muito melhor. Faltou sentir medo e esse seria um dos melhores temperos para essa adaptação.

‘Five Nights At Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim’ estreia nos cinemas em 26 de outubro.

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