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Crítica: Descendentes: A Ascensão de Copas, traz novos personagens para a franquia

O termo “guilty pleasure” se encaixa perfeitamente para mim na franquia Descendentes. Tenho a total noção de que eles são filmes ruins e fracos, mas por algum motivo eles despertam algo bom em mim. Reclamo, mas no fim acabo saindo feliz. É quase como uma Síndrome de Estocolmo. Vi todos os anteriores: Descendentes (2015), Descendentes 2 (2017) e Descendentes 3 (2019). Todos eles foram feitos para a TV e todos eles possuem o mesmo nível. Depois de 05 anos, Descendentes: A Ascensão de Copas surge para recomeçar com novos personagens uma possível nova trilogia. Embora ache que esse foi o pior de todos, ainda conseguiu me deixar com aquele quentinho no coração.

Sinopse

Após os acontecimentos dos filmes anteriores, Auradon mudou para sempre. Filhos de vilões e princesas convivem juntos sem problemas, mas nem todos os reinos estão dentro dessa paz. Quando Red (Kylie Cantrall), a filha da Rainha de Copas (Rita Ora), é convidada para a escola, a rainha vê como uma grande chance para dominar o reino de Auradon. Resta a Red e Chloe (Malia Baker), filha da Cinderela (Brandy Norwood), se unirem e viajarem no tempo para evitar todo o mal que está por vir.

Não posso dizer que é bom, mas me agrada

Por mais que me agrade, é impossível eu chegar aqui com a cara lavada e dizer que ele é bom. Lógico que ele possui o seu nicho certo e vai acertar em cheio, possivelmente se transformando em um sucesso. Ainda mais no público infantil. Ele nem tenta esconder o quanto é brega e o quanto ele se mostra uma produção da Disney raiz. É quase como se fosse algo produzido pela Record, que conseguimos entender de longe do que se trata. Uma estética bem caricata, junto com uns atores jovens com atuações duvidosas e que dá a impressão que só estão ali por serem bonitos mesmo. Sem contar a direção rasa e um roteiro que brinca com viagem no tempo que desde cedo você sente que tudo será mal feito.

Musical sempre me atrai

Não falei antes, mas uma das coisas que me atraiu para essa franquia desde o início foi saber que ela também é um musical. Gosto muito do gênero e isso pode ter aumentado a minha simpatia por essa produção. Os números musicais desse filme são bem medianos se for comparar com os anteriores. As músicas pop estão ali, junto com maneirismos de musicais clássicos. Agrada, porém não tornou nenhuma delas memorável. Geralmente uma ou outra fica na cabeça, aqui, não consigo lembrar de nenhuma. É o famoso “é bom, mas não lembro”.

Futuro e curiosidades

Nenhum protagonista dos filmes anteriores retornou para essa aventura, o que dá a impressão que possivelmente uma nova trilogia vem aí pela frente. Red e Chloe puxarão esse carro e a verdade é que história tem. Vale mencionar duas curiosidades: O ator Cameron Boyce que viveu Carlos na trilogia original morreu em 2019 e ganhou uma pequena e emocionante homenagem aqui; a outra é que Brandy Norwood (Cinderela) e Paolo Montalban (King Charming) reprisaram seus papéis do filme A Cinderela (1997). Isso eu achei bem sacado e bem legal.

Conclusão

Descendentes: A Ascensão de Copas definitivamente é o pior da franquia até aqui, mas vale mencionar que o seu alvo principal é o público infantil. Elas aproveitarão muito mais ao mesmo tempo que elas entrarão no universo da Disney com força a ponto de querer consumir outros materiais com esses personagens. Se for se aventurar sozinho, sem estar do lado de seu filho, saiba que essa montanha-russa será difícil. Os aspectos técnicos vão saltar na tela e só isso já basta para perder o interesse.

Descendentes: A Ascensão de Copas já está disponível na Disney+.

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