‘Clonaram Tyrone!’ é um dos mais novos filmes da Netflix que tem o nome de Juel Taylor na direção. Além dessa função, também escreve o longa. Ele ainda não tem uma carreira consolidada na direção, mas já escreveu alguns roteiros famosos por aí. Entre eles: ‘Space Jam: Um Novo Legado’ de 2021 e ‘Creed 2’ de 2018. Agora, ele inclui em seu novo filme nomes como John Boyega (Star Wars: O Despertar da Força), Jamie Foxx (Django Livre) e Teyonah Parris (A Lenda de Candyman) em uma história maluca que vai fazendo sentido aos poucos.
Sinopse
A trama, inicialmente, acompanha Fontaine (John Boyega), um traficante de drogas da região que é bem linha dura caso ultrapassem seu território. Após comprar briga com outro traficante da área é morto, no fim do dia, tendo o cafetão Slick Charles (Jamie Foxx) e a prostituta Yo-Yo (Teyonah Parris) como testemunhas. No dia seguinte, Fontaine reaparece como se nada tivesse acontecido e isso deixa as testemunhas de seu assassinato muito confusas. Agora, esse trio formado ao acaso irá adentrar em uma conspiração governamental nunca imaginada para descobrirem a verdade sobre essa e outras coisas bizarras que vêm acontecendo na cidade.
História maluca à lá Black Mirror
Esse filme não é tão fácil de acompanhar como eu poderia imaginar. Ele começa simples, mas, rapidamente, já vai para um local no qual sua cabeça começa a girar sem entender o que está acontecendo. Não falo somente do lance da clonagem, mas do efeito em que a cidade, no geral, começa a ficar. Essa loucura só vai aumentando até momentos malucos onde chegamos em uma conspiração que pode até extrapolar o extra-tela.
Uma boa conversa pode ser tirada desse roteiro. Acredito, sim, que ele tenha uma mensagem além da tela. Mensagens subliminares já são usadas no nosso mundo real e o que vemos aqui é só uma extrapolação do nosso mundo à lá Black Mirror. Pegue uma situação plausível e cotidiana e a leve até as últimas consequências. O resultado é ‘Clonaram Tyrone!’. Ele ainda conversa conosco quando caímos no ostracismo da vida comum e percebemos que vivemos uma rotina de mesmice. Seríamos todos controlados para viver assim? Esse subtexto é interessantíssimo, pena que não é o foco principal da obra.
Afinal, quem é Tyrone?
Essa é uma ótima piada que só é revelada em seus momentos finais. Afinal, nós acompanhamos o personagem de nome Fontaine como protagonista. A trama gira em torno dele e é dele que descobrimos os clones. Fiquei me perguntando sobre essa charada o filme todo e no final sou respondido de um modo simples e muito eficiente. Assim, temos uma conclusão sem pontas soltas de um roteiro que dialoga exageradamente com o mundo real.
Conclusão
O filme diverte, nos deixa doidos da cabeça e nos entrega um final maluco. Não o achei exatamente maravilhoso, mas possui alguns bons momentos. O fato de extrapolar os acontecimentos foi o seu maior ponto positivo. As atuações do trio principal são ótimas e vê-los em tela agindo como uma equipe maluca e sem sentido é muito bom. Ele não possui um ponto negativo gritante, mas a sensação de que faltou algo me incomodou após findada a projeção e não saberia dizer exatamente o quê.