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Crítica: A Casa do Dragão – 2º Temporada, nos dá uma temporada que poderia ter sido melhor

Foram 2 anos de espera para essa nova temporada de A Casa do Dragão. Muitas expectativas foram criadas nesse período e isso por muitas vezes acaba sendo prejudicial a diversão em si. Essa série por si só, assim como Game Of Thrones, me causa um grande fascínio. O mundo criado é por demasiadamente interessante e a escolha da Família Targaryen como protagonista é mais do que acertada. Porém, estivemos diante de uma temporada inconsistente que não entregou todo o potencial do que ela é capaz. Temos coisas bem boas, como também temos momentos fracos onde percebemos claramente problemas no roteiro. Será se foi prejudicada pela greve de roteiristas de 2023 ou será que preferiram segurar mais momentos interessantes e catárticos mais para frente? Apesar de alguns problemas, ainda assim, foi uma boa temporada.

Sinopse

O reino está dividido entre dois meios-irmãos coroados. Aegon II Targaryen (Tom Glynn-Carney) ocupa o Trono de Ferro, mas a herdeira legítima de Viserys I, Rhaenyra Targaryen (Emma D’Arcy), não aceita que seu meio-irmão usurpador tome seu direito tão facilmente, principalmente após a morte de seu filho Lucerys Velaryon por Aemond Targaryen (Ewan Mitchell). Tal fato, considerado um ato de guerra por Rhaenyra, acaba por dar início a guerra civil dos Targaryen. Mas nessa guerra, o perigo não vem apenas de seus inimigos declarados, mas também surge de quem mais estimam.

Marketing falho

O marketing dessa temporada começou a deixar bem claro os lados dessa guerra: pretos e verdes. Para quem você irá torcer? De cara, isso é até uma covardia, pois os pretos, embora não sejam perfeitos, são pintados como os protagonistas desde o início e a série meio que te condiz a torcer por eles. Os verdes em sua maioria são odiáveis, embora também possuam alguns personagens com quem nos afeiçoemos, mas a diferença é grande. Se a ideia era equilibrar essa balança, não funciona como deveria. Logo em seu 1º episódio vemos um crime terrível causado por Daemon Targaryen (Matt Smith) e nós simplesmente passamos pano para ele, pois é um dos favoritos de todos e o amamos odiar em diversos momentos. A única maneira de equilibrar isso seria com algum personagem com um carisma muito grande no lado dos verdes que não fosse tão mal quanto os outros.

Sensação de que fui enrolado

O final dessa temporada me deu uma sensação de que ela foi apenas de transição. A minha expectativa estava lá em cima e esperei por muitas batalhas e momentos de tirar o fôlego, mas acabei com a sensação de que fui enrolado. Vemos essa enrolação claramente em diversos personagens. Daemon ficando maluco por 7 episódios em Harrenhal; Rhaneyra enfrentando os mesmos dilemas de rainha do início ao fim da temporada com quase ninguém respeitando ela; Alicent (Olivia Cooke) completamente desperdiçada e perdida e mostrando claramente que a matriarca dos verdes não chega aos pés da Rhaenyra. Parece que seguraram muitas coisas para frente. Essa pisada no freio desperdiçou tempo demais. Em vez de desenvolverem mais os personagens, fizeram com que eles ficassem correndo em círculos. Dessa forma, a história parece não avançar e o sentimento de que poucas coisas relevantes realmente aconteceram é grande.

Momentos bons

Fiz parecer que essa temporada foi um marasmo total, e isso não seria verdade. Minhas reclamações são válidas, mas também é justo dizer que isso não foi o todo dela. Mesmo que a pequenos passos a história andou e graças a isso tivemos pelos menos dois ótimos momentos. O primeiro foi a Batalha de Pouso de Gralhas que nos dá um vislumbre de como uma guerra entre dragões tende a ser trágica e desastrosa. O segundo momento foi a reivindicação dos bastardos Targaryen aos dragões. Um momento de terror e plenitude que fez a sorte da guerra mudar de lado. Também vale mencionar as disputas políticas que são bem boladas durante a série inteira.

Conclusão

Essa 2º temporada de A Casa do Dragão acabou sendo bem mediana. Alternando momentos ótimos e outros nem tanto assim, o saldo final é de algo que divertiu, mas que nitidamente não deu tudo de si. O seu final completamente anticlimático resume bem o meu sentimento. Um bom episódio que não condiz nem um pouco com a expectativa gerada. Agora é ter paciência e esperar pela 3º temporada que só deve estrear em 2026. Lembrando que a série no total terá 4 temporadas e com um final já em mente.

As duas temporadas de A Casa do Dragão se encontram no catálogo da Max.

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