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‘Casa Gucci’, uma história que nos leva do glamour a tragédia

Acho que não há nenhuma pessoa viva que nunca tenha ouvido pelo menos falar em Gucci. Pode até não saber o que é, mas já ouviu falar. Não que seja um produto popular que faça com que todos tenhamos algo da marca, mas ela é lembrada principalmente pelo seu alto status-quo. O que a maioria não sabia é que por trás dessa grande empresa já teve uma tragédia, além de uma briga familiar pelo controle dela. Tudo isso é mostrado aqui, no ótimo ‘Casa Gucci’.

Sinopse: Casa Gucci é inspirada na chocante história real do império da família por trás da italiana casa de moda Gucci. Abrangendo três décadas de amor, traição, decadência, vingança e em última instância, assassinato, vemos o que um nome significa, o que vale e quão longe uma família vai para se manter no controle.”

‘Casa Gucci’ é daqueles tipos de filme que nos mostram toda uma grande jornada dos personagens principais. Ascensão e declínio é clássico desse tipo de narrativa. Além de conspirações e traições dentro da família das quais chegam até doer em você. Lembra muito aquelas histórias medievais da coroa inglesa, mas é uma família de moda italiana. É nesse cenário em que a personagem de Patrizia Reggiani, interpretada pela Lady Gaga (Nasce Uma Estrela), se destaca. Apesar dela não ser uma Gucci de nascença, posso dizer que é ela quem movimenta tudo e que tenta a qualquer custo levar o nome da família para outro patamar.

Ela é uma personagem tão importante que praticamente é quem leva a empresa ao sucesso e quem a leva para o mar trágico de seus momentos finais. O filme é bem longo com seus 168 minutos (2h 38m), mas achei que passou rápido. Esse é um mérito total do diretor Redley Scott (Perdido em Marte). Sabemos por aí que ele não acerta sempre, mas tem que respeitá-lo e muito. Ele consegue fazer algo muito envolvente capaz de nos fazer ficar presos na cadeira por todo esse tempo de projeção.

Não acho que ele é totalmente perfeito e percebi algumas falhas que acabaram por baixar um pouco a avaliação. Não acho que é algo que vá afetar o público em geral, mas que devem ser mencionadas. Acredito que a passagem de tempo nele não seja tão bem conduzida. Acho que ele começa em 1982 e acaba em 1995. O grande problema, para mim, é que em certos momentos as coisas só acontecem, o tempo passa e não conseguimos ver a dimensão do que ocorreu nesse espaço.

Outro detalhe é que a personagem da Lady Gaga praticamente some em seus momentos finais. Ela como protagonista poderia aparecer ainda em alguns momentos a mais. Entendo o porque, mas foi o suficiente para eu sentir essa falta na tela. Tudo bem que quando ela volta a aparecer, é para ser épico e lembrado por bastante tempo. As pessoas chiaram por ela não ter sido indicada ao Oscar. Ela até brilha sim em muitos momentos, mas o sotaque dela carregado de italiano pode ter soado caricato demais.

Isso é algo que também aflige a interpretação do Jared Leto (Morbius). Ele é a caricatura de um italiano típico. Um sotaque gigante e uma interpretação que ao meu ver foi a melhor do longa. Mas a crítica em geral não o viu como eu vi. Tanto que ele foi indicado e acabou ganhando o Framboesa de Ouro (premiação que enaltece os piores do ano). Achei injusto, mas entendo o porque. No meu ver, ele está maravilhoso. O resto do elenco faz o feijão com arroz com gosto. Nada excepcional, mas tudo da forma devida.

No geral, achei um bom filme com uma boa história para ser contada. Praticamente ficou fora das principais premiações. No Oscar, ganhou apenas uma indicação a Melhor Maquiagem e Cabelo que também não ganhou. Perder um prêmio desse não quer dizer que ele seja ruim. Gostei bastante e recomendo para verem. Só fiquem preparados pela longa duração.

‘Casa Gucci’ já se encontra para aluguel nas plataformas digitais.

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